os últimos dias, encerramos mais um ciclo interno em nosso partido, que
vai culminar com o Encontro Estadual do PT-MS, previsto para novembro deste
ano.
Construímos a unidade partidária em torno do nome do prefeito de Corumbá,
Paulo Duarte, como candidato único a presidente do PT no estado. Da mesma
forma, a composição do Diretório Regional contempla todas as forças do
nosso partido. Essa construção se deu para que possamos nos dedicar, com
todas as nossas energias, à candidatura do senador Delcídio do Amaral ao
governo do Estado nas eleições de 2014.
Se vamos nos aliar com partido “A” ou “B”, ainda é cedo para dizer. As
alianças estão apenas no campo das conversas políticas, que têm velocidade
e caminho próprios. Devemos ter a paciência que o momento requer. Mas uma
coisa é certa: o PT estará unido em torno da campanha de Delcídio. É um
cenário de união que, aparentemente, não está presente na candidatura do
PMDB, mais precisamente em torno do ex-prefeito Nelsinho Trad.
Tal fato – os desacertos internos no PMDB – se deve ao insucesso nas
eleições municipais de Campo Grande em 2012, pois caso tivessem mantido o
poder na Capital, Nelsinho seria o candidato natural à sucessão estadual
pelo PMDB.
Sobre isso, deixo a modéstia um pouco de lado para relembrar a importância
da tese sobre a qual tanto insisti ao longo do ano passado: a necessidade
da pulverização das candidaturas em Campo Grande. Depois de muito diálogo e
articulação, tivemos seis candidatos oposicionistas. Ao final desse
processo, a população legitimou o atual prefeito, Alcides Bernal. Naquele
momento, houve uma profunda transformação do cenário eleitoral para 2014.
Se por um lado a minha candidatura e a do PT não tiveram o êxito eleitoral
esperado, por outro cumprimos um papel decisivo e determinante para a
derrota do PMDB.
Vou além. Tenho a consciência tranquila por ter sido o candidato que, em
2012, trouxe para o centro do debate eleitoral temas que agora em 2013
foram o estopim das manifestações que assistimos em todo o Brasil, como a
redução de impostos, a redução da tarifa de transporte coletivo e a
necessidade de transparência e divulgação das planilhas dos custos das
tarifas públicas.
Passada a fase da busca pela unidade partidária, é hora de uma nova tarefa:
depois de 10 anos governando o Brasil, o PT tem mais uma vez o desafio de
pensar e apresentar propostas concretas e inovadoras para o momento de
profundas transformações pelo qual passamos. Transformações que, em boa
medida, nós mesmos do PT ajudamos a efetivar.
**Deputado federal (PT-MS)*