Novas indústrias e vagas abertas em MS transformam ‘chão de fábrica’ em cenário para milhares de oportunidades

Em pleno emprego, Mato Grosso do Sul é terra de oportunidades para homens e mulheres que buscam no trabalho uma mudança de vida. Com cenário favorável criado pelo Governo do Estado, as indústrias empregam cada vez mais. Atualmente são 159 mil pessoas, ficando atrás apenas do setor de serviços que tem 256 mil trabalhadores, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego).

Entre abril de 2023 e março deste ano foram criados 27.560 postos de trabalho no Estado. Com destaque para indústria de transformação, transportes e setor florestal. 

Na onda de contratações Maycon Willian Lopes, de 31 anos, saiu do desemprego para ser operador de adega em uma fábrica de bebidas de Campo Grande. A busca pela oportunidade veio depois dos comentários de amigos que trabalham na empresa.

“Disseram que era um local tranquilo e é muito perto da minha residência, cinco minutos de veículo. Então eu falei: ‘Vou tentar’. Entreguei o currículo, marcaram entrevista, dois dias depois eu estava fazendo exame e consegui entrar”, conta.

Maycon Lopes comemora as vantagens do novo emprego (Foto: Álvaro Rezende)

Prestes a completar quatro meses na nova função, ele deu um salto na qualidade de vida já que classifica a antiga profissão de atendente de telemarketing como muito estressante. O que também mudou para melhor foi a parte financeira. O salário subiu de R$ 1.300 para R$ 1.900.

“Eu consegui terminar de pagar o meu carro com o salário do período de experiência e fui efetivado, então vai melhorar. Eu pretendo conquistar mais coisas ainda”, diz.

O Grupo RFK, onde Maycon trabalha, tem hoje 27 vagas abertas. Em uma década de existência a empresa passou de 30 funcionários para 330 na unidade da Capital. E diante da demanda por mão de obra no mercado, o foco é a qualificação.

Guilherme Assumpção faz seleção de novos funcionários (Foto: Álvaro Rezende)

“Hoje a gente prioriza não só o primeiro emprego, mas formar internamente. Contratar como primeiro nível que é auxiliar de produção e capacitar, treinar para ocupar posições diferentes da produção. A gente se preocupa mais com formação interna do que captação de pessoas já prontas, que é difícil de encontrar”, explica Guilherme Assumpção Siqueira, responsável pelo setor de recursos humanos.

A geração de empregos é reflexo da confiança do empresariado e da política de redução de impostos para impulsionar a economia. Paralelamente à atração dos investimentos, o Governo do Estado incentiva a qualificação profissional por meio do programa MS Qualifica.

Governador Eduardo Riedel prioriza a geração de emprego e renda (Foto: Saul Schramm)

Na avaliação do governador Eduardo Riedel, esta é a maneira mais eficiente de melhorar a vida das pessoas.

“Mato Grosso do Sul é o Estado que cresceu 6,6% no ano passado e que em função desse crescimento trouxe uma das menores taxas de desemprego do Brasil, tem a 3ª menor taxa de pobreza do País e essa fórmula de crescimento e educação é que nós devemos perseguir no dia a dia das nossas ações”, afirmou.

Segundo a Fiems são cerca de 25 mil vagas abertas hoje dentro do setor industrial em todo o Estado. “É difícil encontrar um estabelecimento comercial sem a necessidade de contratação de pelo menos uma pessoa e a maior demanda não é nem mais o trabalhador qualificado. É a pessoa que tenha interesse em trabalhar. As empresas estão se organizando, montando cada uma em sua área a condição de qualificar esta pessoa para aquela atividade”, diz Sérgio Longen, presidente da Federação.

Bianca Nunes buscou função dentro da área onde pretende se formar (Foto: Álvaro Rezende)

No ano passado, a estudante Bianca Nunes de 24 anos, buscou uma vaga no setor de qualidade por conta da faculdade de engenharia de produção: “Eu quero ser uma gerente industrial no futuro”. E a jovem já comemora conquistas pessoais com o atual salário. “Atende as minhas necessidades. Eu consigo pagar minha faculdade, minha casa, meu condomínio”, conta.

Douglas Rodrigues quer repassar conhecimento dentro da empresa (Foto: Álvaro Rezende)

Colega de Bianca na mesma indústria, Douglas Rodrigues Martins também tem muitos planos para a carreira dentro da fábrica onde está há dois meses.

“Hoje eu estou como operador 1. A minha perspectiva é chegar a um posto de liderança. Ajudar, ensinar outras pessoas a fazer um bom serviço. Mostrar que é possível quem está do lado de fora entrar e conseguir uma carreira, alcançar a estabilidade financeira”, detalha.

Comprar um carro, viajar de férias e mobiliar a casa estão entre os planos de Douglas para os próximos anos.

Mecânico e eletricista industrial, Rogério dos Santos participou recentemente de um feirão de empregos na Fundação do Trabalho, em Campo Grande, e garantiu uma vaga como técnico em manutenção. De acordo com ele, em anos anteriores ao procurar a Funtrab era mais difícil conseguir oportunidades. Durante as entrevistas mais recentes foi diferente.

“Sempre vinha com uma, duas cartinhas [de propostas]. Inclusive deu até para escolher uma vaga legal para mim onde eu ficasse bem mais contente”.

Rogério dos Santos está otimista com o atual cenário econômico (Foto: Arquivo pessoal)

Rogério percebeu que as empresas estão crescendo muito e as chances para se recolocar no mercado não poderiam ser melhores.

“O momento é tão bom que não está tendo limite de idade. Veja bem, eu tenho 55 anos e não estou com dificuldade para me colocar no mercado de trabalho. Estou vendo as empresas contratarem bastante gente de 55 anos pra cima. Tá uma maravilha para poder arrumar emprego. Oportunidade à vontade”, detalha.

Há pouco mais de três meses o técnico em segurança do trabalho, Rodrigo Ribeiro, de 36 anos, veio do Paraná para ficar mais perto da família. Logo que chegou entregou currículos, recebeu propostas e foi contratado por uma construtora da Capital.

“Estou realizado profissionalmente. Dá para fazer muitos planos. Hoje auxilio na contratação de técnicos em segurança do trabalho para nossas obras”, detalha.

Rodrigo Ribeiro faz planos com o novo emprego (Foto: Bruno Rezende)

No ritmo que Mato Grosso do Sul vai muita gente ainda poderá aproveitar a situação de pleno emprego pelos próximos anos. São 12.500 novas vagas previstas até 2028.

Oportunidades criadas por um cenário de crescimento que inclui ampliação da produção de minério de ferro e manganês em Corumbá, reativação da usina sucroenergética (antiga Aurora) em Anaurilândia, além de unidades neste mesmo setor em Paranaíba, ampliação e instalação de usinas de etanol de milho em Sidrolândia, Maracaju e Dourados.

Na lista de investimentos ainda estão fábricas de celulose em Ribas do Rio Pardo e Inocência, uma nova unidade industrial de processamento de soja em Naviraí, ampliação da capacidade de abate de suínos em frigoríficos de Dourados e São Gabriel do Oeste.

Histórico positivo – No 4º trimestre de 2023, o número de empregados no setor privado do Estado atingiu o maior patamar desde o início da série histórica em 2012, totalizando 743 mil trabalhadores, um aumento de 28% em 11 anos. É o que mostram os dados da PNADC-T (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral) divulgados pelo IBGE e compilados pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Trabalhadores em fábrica de bebidas em Campo Grande (Foto: Álvaro Rezende)

Em 2007 eram 3.361 empresas industriais com pelo menos 1 empregado em Mato Grosso do Sul. Agora são 7.850. O salário nominal médio na indústria local é de R$ 3.262, considerado o quarto melhor do país neste setor.

Nos últimos 15 anos, o crescimento da indústria de transformação no Estado foi de 921%. É o maior do Brasil. São mais de R$ 60 bilhões em investimentos na ampliação ou construção de novas fábricas.

Danielly Escher, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende