MS ganha em fusão de empresas de celulose que somam R$ 79 bilhões

Suzano e Fibria concluíram ontem operação criando líder no segmento com 37 mil colaboradores

Com valor de mercado aproximado de R$ 79 bilhões e números pra lá de gigantescos, a Suzano, empresa resultante da fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, iniciou ontem suas operações. A maior produtora de papel e celulose da América Latina nasce, em um processo quase sem percalços, com 37 mil funcionários diretos e terceirizados e receita total de R$ 31,7 bilhões somente até setembro do ano passado. O acordo, anunciadoem março de 2018, foi submetido à aprovação de todos os órgãos reguladores nacionais e internacionais.

“Concluímos com êxito a realização de um sonho. A jornada que começa agora é movida pelo desejo de sermos protagonistas na evolução da sociedade e referência no uso sustentável de recursos renováveis e, a partir disso, contribuir para a construção de um mundo melhor, agora e no futuro”, afirmou ontem em comunicado o presidente da Suzano Walter Schalka.

A empresa já nasce com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado e de 1,4 milhão de toneladas de papel por ano. (veja quadro) A competitividade da Suzano pode ser medida por sua presença global, com vendas para mais de 80 países, e pela dimensão das operações, com 11 fábricas distribuídas pelo País e cerca de 37 mil colaboradores diretos e indiretos.

No processo de integração das duas empresas, será fundamental a união das melhores práticas operacionais com pessoas engajadas que transformam, geram e compartilham valor, e com fornecedores, clientes, acionistas e os demais públicos.
“Uniremos a tecnologia ao espírito empreendedor para irmos além. É assim que faremos a diferença para a sociedade ao impactar positivamente desde as comunidades nas quais estamos presentes até bilhões de pessoas que usam diariamente produtos fabricados com nossa celulose em todo o mundo”, disse Schalka.

Sustentabilidade
A companhia também reforçou o compromisso de investimento em inovação e sustentabilidade. “Estamos entusiasmados em relação às transformações que a Suzano está vivendo e reforçamos, nesse momento, o compromisso de seguirmos contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e para a promoção da educação, da cultura, da saúde e do bem-estar na vida das pessoas”, ressalta Schalka.

Ganhos
Para o secretário de Produção, Jaime Verruck, “a operação dá mais robustez à Fibria, que já era grande no Estado”. O secretário enfatiza que a operação dará ainda mais diversificação e visibilidade aos produtos. “Agora muda o perfil da empresa, que era essencialmente exportadora. A Suzano tem maior foco no mercado interno e isto será bom para o Estado”, afirmou.

Com relação aos incentivos, ele disse que serão mantidos para a nova empresa. “Existe a transferência de personalidade jurídica, ou seja, ela absorve 100% a Fibria. Muda razão social e ambiental”, destaca.
Verruck diz ainda que o governo não recebeu a visita da nova diretoria da Suzano, mas que espera o contato em breve e prevê a consolidação maior do setor florestal, que já se recuperou neste ano.
“Nossa perspectiva é muito positiva, com maior agregação do setor de florestas plantadas em MS”, finalizou o secretário.