MS 40 anos: além das belezas do Pantanal, descubra a diversidade da região oeste

A região oeste de Mato Grosso do Sul é famosa por contemplar o Pantanal, uma das maiores planícies alagadas do mundo. Conhecido pela riqueza de sua fauna e flora, o bioma atrai muitos turistas do país e do mundo, o que leva uma grande integração cultural a Corumbá, município que é chamado de Capital do Pantanal.

Além da importância turística, a região oeste do Estado também conserva a força da presença dos índios, como é representado em Miranda. A pesca, atrativo nas duas cidades, também leva viajantes a tentarem a sorte nos rios que cortam seus limites.

Corumbá


O nome da cidade (Curupah), que é de origem tupi-guarini, significa “lugar distante”, mas Corumbá é reconhecida por outros apelidos como “Cidade Branca” ou ainda “Capital do Pantanal”, sendo o último o de conhecimento amplo.

No século XVI, os portugueses chegaram ao munícipio com o propósito de explorar ouro na região. Apesar disso, a história mostra que o município teve grande destaque em conflitos históricos como dificultar o acesso dos espanhóis, no ano de 1778, e depois, na Guerra do Paraguai, que foi de 1864 a 1870.

Na década de 40, as indústrias começaram a surgir, rendendo ao município a alcunha de “Cidade Branca”, devido ao calcário presente no solo da cidade. A economia, diferente do que muitos imaginam, tem como protagonista o setor de serviços, que é fortemente induzido pelas indústrias de mineração instaladas na região.

Mesmo com a extração mineral em baixa, a influência em cima dos serviços é grande, fazendo o setor se expandir por atrair muitos trabalhadores para atender as necessidades das mineradoras. “São entre 4 mil pessoas que, direta ou indiretamente, trabalham em função da mineração”, explicou o secretário de governo, Cássio Augusto da Costa Marques.

Em ordem de elevação do PIB (Produto Interno Bruto), o setor de serviços é seguido pela agropecuária e indústrias. O turismo aparece como um fluxo momentâneo, rendendo ao município apenas em períodos festivos como no Carnaval, evento número um da cidade, e a festa de são João.

O que falta de indústrias, sobra no aspecto cultural. Corumbá é um corredor de turístico que recebe viajantes do mundo inteiro que querem conhecer o Pantanal sul-mato-grossense de perto. Além de trilhas ecológicas, os passeios fluviais é outro atrativo da cidade.

A população corumbaense tem uma forte miscigenação principalmente quando se trata de descendentes árabes e bolivianos. A comunidade palestina tem uma grande presença nos comércios do Centro da cidade.
Já a população boliviana é vista com frequência pelas ruas com um comércio, muitas vezes, informal. Ao sair desta situação, os bolivianos se estabelecem como fortes vendedores, revendendo, inclusive, mercadoria nacional.

Praticamente parte de sua cultura, a gastronomia corumbaense absorveu pratos tradicionais como o pic lo macho e a saltenha, esta sendo popular nas feiras livres da cidade e com estabelecimentos próprios no município. Na cidade com população estimada de 109 mil pessoas, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a tradição, o colorido cultural e a variação de sotaques, torna Corumbá não só parte do Pantanal, mas uma cidade acolhedora, fervorosa em crenças religiosas e de um pôr-do-sol único no Brasil.

Miranda

O município conhecido pela pesca e pelos fortes vínculos com as aldeias indígenas é um dos 14 que compõe o Pantanal sul-mato-grossense. Quem visita à cidade, logo se depara com o Centro Referencial da Cultura Terena, que reuni vários tipos de artesanatos produzidos pelos índios locais.

A região começou a ser explorada pelos espanhóis em meados do século XVI. Após várias expedições e de resistir a Guerra do Paraguai, Vila Miranda se tornou município.

Conforme a estimativa do IBGE, a cidade tem cerca de 27 mil habitantes e prédios históricos compões sua identidade. A principal atividade econômica é o comércio, mas há também a presença de indústrias de mineração na região e da pecuária.

A pesca, outro atrativo, tornou Miranda conhecida no Estado. Espécies como jaú, pintado e pacu podem ser pescados pelos mais sortudos. No rio que corta a cidade e compartilha o mesmo nome, existe a população ribeirinha, que vive da pesca e enfrenta os tempos de cheia em suas casas de palafita.

Fonte:Raiane Carneiro / Fotos Cleber Gellio – Midiamax.com.br