MPF denuncia jornalista de Minas Gerais por racismo contra guarani-kaiowás de MS

O autor de uma coluna publicada no jornal O Tempo de Minas Gerais foi denunciado pelo MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul) por racismo contra a etnia Guarani-Kaiowá. O órgão pede indenização de R$ 100 mil por danos morais coletivos.

O colunista Walter Navarro, que não atua mais no jornal mineiro, publicou um texto referente à etnia em novembro de 2012, quando muitos usuários do Facebook inseriram a etnia Guarani-Kaiowá como sobrenome.

Algumas frases como “índio bom é índio morto” motivaram o MPF a entrar com a ação. Além do pedido de indenização, o MPF pede ainda a condenação por racismo, que prevê pena de 2 a 5 anos de prisão.

Outro trecho escrito pelo jornalista diz que os índios são “o povo mais primitivo do mundo, nem chegou à Idade da Pedra. Comem cupim. Intimidam até malária! Pigmeus, parecem formigas gigantes e caracterizam-se pela insuportável pneumatose intestinal, o que faz deles companhia deveras desagradável”.

Após um pedido de explicações, o colunista afirmou que o artigo teve apenas caráter humorístico. A ação começou a tramitar na Justiça Federal de Dourados em abril deste ano. Para o órgão, o colunista ofendeu a sociedade após incitar o preconceito.

O jornalista foi demitido logo que o texto gerou polêmica entre os leitores do jornal. O processo corre na Justiça Federal e ainda não há previsão para a data sentença. Clique aqui e confira o texto do jornalista disponibilizado pelo MPF-MS.