Moro vai à Câmara explicar diálogos com Dallagnol; acompanhe

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é sabatinado na Câmara dos Deputados. Ele é ouvido por parlamentares de quatro comissões: de Constituição e Justiça; de Trabalho; de Direitos Humanos; e de Fiscalização Financeira e Controle.

Os deputados questionam o ex-juiz da Lava Jato sobre as mensagens que colocam em dúvida sua conduta em julgamentos da operação. Entre as mensagens divulgadas originalmente pelo site The Intercept Brasil, Moro indicou uma pessoa “aparentemente disposta” a falar sobre imóveis relacionados ao ex-presidente Lula, condenado pelo então magistrado.

Reportagem de VEJA mostrou, com exclusividade, que as testemunhassão o técnico em contabilidade Nilton Aparecido Alves, de 57 anos, e o empresário Mário César Neves, dono de um posto de gasolina também em Campo Grande.

Segundo outras mensagens divulgadas, Moro também chegou a queixar-se de recursos que poderiam atrasar a execução de pena de um acusado, fez sugestões no cronograma de fases da operação e direcionou a Lava Jato para atacar Lula na imprensa, em resposta ao que classificou como “showzinho” da defesa do ex-presidente.

Na CCJ da Câmara, a oposição ao governo Jair Bolsonaro é maior e mais atuante do que no Senado, mas o ex-juiz chega respaldado pelas manifestações de rua em seu apoio, ocorridas no domingo em dezenas de cidades brasileiras. Conforme informa o blog Radar, deputados do PSL e do PT já formam fila em frente à CCJ para quem se inscreve primeiro na audiência.