Meningite: fique atento e aja rapidamente!

Thayara Paolla
dura mater: envolve o cérebro e a medula espinhal é responsável por manter o líquido cefalorraquidiano
arachnoid: membranas que contém o sistema nervoso central
pia mater: é a única membrana vascularizada sendo responsável por a barreira sangue-cérebro

Meningite é a inflamação das meninges, que são as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. É causada por diversos tipos de bactérias, vírus, fungos e protozoários. As meningites virais são as mais frequentes e as bacterianas são extremamente graves e podem causar danos cerebrais ou levar à morte caso não recebam tratamento imediato.

Os pacientes mais vulneráveis à infecção são idosos, imunodeprimidos e, principalmente, crianças menores de 5 anos de idade. A ocorrência é maior em populações com aglomerados e a transmissão acontece pelo contato com secreções respiratórias, saliva ou gotículas de saliva de um indivíduo contaminado por algum microrganismo causador da doença. Também ocorre por causas não infecciosas, tais como: metástase de certos tumores para a meninge, uso de certos medicamentos e outras.

Os principais sintomas são rigidez no pescoço, dor de cabeça intensa, febre, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e a sons altos e alterações do estado mental. Podem ocorrer também elevação de fontanela – a famosa “moleirinha” dos recém-nascidos -, agitação, perda de consciência, respiração acelerada e opistótonos, que é a contratura da coluna vertebral, fazendo com que ela forme um arco. Deve-se ficar atento às crianças pequenas, pois os sintomas podem ser inespecíficos, tais como irritabilidade e sonolência. Os sintomas podem demorar até cinco dias para se manifestarem.

O diagnóstico é feito pela análise e cultura do líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano que age como amortecedor para o cérebro e a medula espinhal. A coleta deste líquido é feita por punção lombar no hospital e o material é enviado imediatamente ao laboratório para avaliação da cor e aspecto, contagem celular total e diferencial, realização dos exames de glicose, proteínas total e frações, cloretos, lactato desidrogenase, teste de sífilis, pesquisa de microrganismos através de microscopia e cultura. Outros exames complementares podem ser feitos como Raio X de Tórax, hemograma e PCR.

O tratamento é feito de acordo com cada caso, mas basicamente pelo uso de antibióticos, antivirais e demais medicamentos intravenosos para tratar os sintomas como inchaço do cérebro, choque e convulsões. Entre as complicações mais frequentes, estão: dano cerebral, déficit cognitivo, perda parcial ou total da visão e/ou audição, hidrocefalia e prejuízos ao sistema nervoso central.

A prevenção pode ser feita fundamentalmente pelos cuidados com a higiene e também através de vacinas específicas prescritas pelo médico. Não fique na dúvida, em qualquer suspeita, procure imediatamente um hospital, pois o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar danos neurológicos permanentes e aumentar as chances de se obter um bom prognóstico.