Médicos usam supercola e salvam bebê vitima de aneurisma

Médicos do Hospital da Universidade do Kansas, nosEstados Unidos, disseram ter salvado um bebê de três semanas de vida com aneurisma usando uma supercola cirúrgica. A criança nasceu em maio e aparentava estar saudável, relataram os pais em entrevistas a jornais e sites  de notíciasinternacionais.

A mãe, Gina Julian, notou algo errado com a filha alguns dias após o nascimento, disse. “Ela [a criança] estava dormindo por muito tempo, ao atingir os dez dias de vida. Entendo que bebês dormem bastante, mas não conseguíamos acordá-la nem para alimentá-la”, completou.

Algum tempo depois, subitamente, o bebê passou de “muito quieto” para “gritando todo o tempo e vomitando, até um ponto que percebemos que algo estava muito errado”, acrescentou Gina.

Os pais levaram a criança para o setor de emergência de um hospital em Kansas City. Lá, os médicos perceberam que havia algo errado com a cabeça do bebê e pediram um ultrassom, após não conseguirem identificar o problema.

O bebê foi transferido para o Hospital da Universidade do Kansas, que possui equipamentos mais modernos. Após a internação, os médicos descobriram um aneurisma do tamanho de uma amêndoa no cérebro da criança.

Depois de estudar imagens de ressonância magnética, o médico Koji Ebersole decidiu por um tratamento inusitado – utilizar supercola cirúrgica, um método que só havia sido usado em adultos, para fechar o aneurisma do bebê. A informação foi divulgada em um boletim do hospital.

Sangramento

A criança já havia sofrido duas hemorragias no cérebro antes da cirurgia. Ebersole disse ter improvisado um micro-catéter, fino como um fio de cabelo, inserido no pescoço da criança para chegar ao aneurisma e depositar gotas da supercola cirúrgica. O procedimento até agora foi bem-sucedido, de acordo com a equipe médica.

 

Um dia após o aneurisma ser resolvido, o tubo respiratório da criança foi retirado, afirma o site da “CNN”. “Eu não sabia que ela estaria se recuperando tão rápido. Acho que ela está tendo uma evolução estável desde então, por isso estamos todos felizes”, disse o médico.

 

G1