Marun garante que Reforma da Previdência deve ser aprovada em fevereiro

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), disse em coletiva de imprensa hoje pela manhã (2), que faltam 40 votos para que a Reforma da Previdência seja aprovada pela Câmara dos Deputados. Durante o evento na sede do partido em Campo Grande, Marun não cogitou não conseguir esses votos e praticamente garante que as novas regras sejam aprovadas ainda em fevereiro.

A expectativa é que o projeto seja levado aos parlamentares no dia 19 de fevereiro e na pior das hipóteses a votação deva sair na última semana deste mês, conforme Marun.

“Estamos bastante confiantes e vamos aprovar. São necessários mais 40 votos. Nos últimos seis meses houve uma mudança de comportamento da sociedade. Logo que a proposta foi lançada, 90% da população era contra. Hoje, na medida que aumentou o esclarecimento, estamos com 46% contra apenas”, detalhou o ministro.

Avaliado pelo próprio ministro como um assunto polêmico e difícil de avançar, Marun espera que os parlamentares ainda indecisos tenham sido sensibilizados durante o recesso. “Vamos nos reunir com os parlamentares, espero que no recesso tenham sido sensibilizados. Temos recebido ajuda de empresários, profisisonais liberais e até mesmo igrejas, que aos poucos estão entendendo a necessidade da nova previdência”, disse.

Ainda conforme Marun, a necessidade da reforma é para que o Brasil não “quebre”. “Hoje, o déficit do país chega a R$ 268 bilhões registrado ano passado. Representa 10% do PIB. Não há país que sobreviva com um deficit desse. Apesar da economia brasileira ter melhorado, a categoria do país foi rebaixada pelas agências especializadas. Se não houver essa mudança, o país pode quebrar. Já vimos estados quebrarem porque não revisaram a previdência e não queremos isso. Lutamos para que isso não aconteça”, completou.

CRISTIANE BRASIL
Marun aproveitou a coletiva de imprensa para falar também sobre o caso da deputada federal Cristiane Brasil (PTB). O presidente Michel Temer (MDB) a nomeou como nova ministra do Trabalho, mas a Justiça barrou a nomeação por liminar, alegando que Brasil tem processos trabalhistas de ex-funcionários e que não deveria assumir tal cargo.

“O Governo vai continuar insistindo no necessário respeito à Constituição Federal Brasileira. Não podemos aceitar que um juiz de primeira instância se julgue no direito de desconhecer a Constituição e revogar um ato do Presidente da República. Se isso se consolidar como jurisprudência, o país estará absolutamente ingovernável”, avaliou.

Com o Governo Federal tentando há semanas reverter a situação na Justiça, Marun assume que seria mais fácil trocar a indicação de Temer para o ministério, mas não seria o correto. “O governo tem que ter a disposição, a determinação e a coragem de em certos momentos, no lugar de fazer o que é fácil, fazer o que é necessário. Seria mais fácil substituir a ministra sim, mas não o ideal”, completou.

CARAVANA DO MDB ESTADUAL
Começou hoje também a caravana do pré-candidato ao governo do Estado, André Puccinelli (MDB). Durante a coletiva, Marun confirmou que terá presença ativa na campanha local e também nacional.

“Caravana do progresso. Volta aos trilhos. A locomotiva do André. Eu vou atuar em Mato Grosso do Sul, na campanha, no que for necessário. Devo também participar do projeto nacional aonde o PMDB estiver envolvido. Resumindo, vou participar da campanha sim”, concluiu o ministro.

Fonte:  LEANDRO ABREU E RENAN NUCCI – Correio do Estado