Líderes de entidades antidoping de 19 países sugerem banimento da Rússia

Em um congresso realizado em Dublin, na Irlanda, nesta terça-feira, líderes de 19 organizações nacionais de controle antidoping afirmaram que a Rússia deveria ser banida tanto de competir quanto de sediar eventos esportivos internacionais, de acordo com reportagem da britânica BBC. Mais de mil russos teriam se beneficiado de um programa estatal de doping entre 2011 e 2015, segundo foi divulgado em um relatório liberado no mês passado, chamado de “McLaren”.

Esses líderes esperam que sua proposta ajude o “esporte a deixar para trás esses tempos obscuros”. A Rússia, que fará a Copa do Mundo de futebol em 2018, desistiu de receber a Copa do Mundo de biatlo que seria realizada em março deste ano e deixou de ser a sede de um torneio de patinação de velocidade no gelo. O país ainda perdeu o direito de sediar o Campeonato Mundial de bobsled e skeleton em 2017.

Vladimir Putin e Vitaly Mutko falam sobre o caso de doping (Foto: AP)Rússia teria esquema estatal de doping. Na foto, o presidente Putin e o ministro Vitaly Mutko (Foto: AP)

Pelo menos 30 esportes estão envolvidos na segunda parte do relatório chamado feito pelo acadêmico Richard McLaren. As organizações antidoping nacionais sugerem que, enquanto o sistema antidoping russo não for colocado em prática, os russos devem seguir banidos. Os líderes são de países como Áustria, Bélgica, Canadá, Croácia, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Japão, Holanda, Polônia, Eslovênia, Espanha, África do Sul, Suécia, Suíça e Estados Unidos.

O grupo apoia que a Agência Mundial Antidoping (Wada) seja responsável pela regulamentação, mas reiterou a necessidade de um “modelo anti-doping totalmente independente”.