Justiça Brasileira concede liberdade a ex-presidente do Paraguai ligado a doleiro

Pedido de revogação da prisão preventiva de Horacio Cartes foi deferido

O STJ (Superior Tribunal de Justiça do Brasil) concedeu habeas corpus ao ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes, investigado pela Polícia Federal na Operação Patrón, desdobramentos da Lava Jato, por suspeita de dar fuga a Dario Messer, o doleiro dos doleiros que era procurado pela polícia. O pedido de revogação da prisão preventiva de Cartes foi deferido.

No entanto, tal decisão não invalida as investigações que são realizadas pela PF. De acordo com o jornal ABC Color, O ex-presidente do país vizinho tem Messer como “irmão de alma” e o ajudou a se esconder. Além disso, Cartes teria disponibilizado R$ 500 mil dólares para que Messer continuasse fugindo.

O advogado Pedro Ovelar informou ao ABC que, em seu ponto de vista, as autoridades brasileiras se deram conta da falta de requisitos que viabilizam a manutenção da prisão de Cartes. “Há incongruências entre o que foi demonstrado pela Polícia Federal que o exclui como participante ativo do esquema, e o Ministério Público, que pedia a prisão mesmo assim”, disse ao ABC.

Durante a operação Patrón, deflagrada no dia 19 deste mês, foram cumpridos 37 mandados sendo 16 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão, cumpridos nas cidades de Rio de Janeiro e Armação dos Búzios, grande São Paulo e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, no dia 19 deste mês.

Nome dos presos
Dario Messer, Alcione Maria Mello de Oliveira Athayde, Roland Pascal Gerbauld, Lucas Lúcio Mereles Paredes, Luiz Carlos de Andrade Fonseca, Felipe Corgono Alvarez, José Fermin Valdez Gonzalez, Maria Letícia Bobeda Andrada, Cecy Mendes Gonçalves da Mota, Orlando Mendes Gonçalves Stedile, Myra de Oliveira Athayde, Arleir Francisco Bellieny, Roque Fabiano Silveira, Najun Azario Flato Turner, Valter Pereira Lima, Edgar Ceferino Aranda Franco, Jorge Alberto Ojeda Segovia, Antônio Joaquim da Mota, Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota e Horácio Manuel Cartes Jara.

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