Julio Cesar encara pressão: 'Estou 100%'

Foram apenas sete jogos em 2014, com a camisa do Toronto (CAN). O fato de jogar a Liga Americana, inferior tecnicamente aos campeonatos de Europa e Brasil, faz Julio Cear admitir que o goleiro chega questionado para a Copa do Mundo. Mas a situação, no entanto, não tira a confiança do goleiro para vencer o Mundial.

– Não me sinto pressionado. Eu chego realmente bastante questionado, pelo que venho acompanhando (na imprensa). É normal. Tenho de acreditar em mim, no meu trabalho. Sei o quanto posso somar. A pressão é normal. Pode ser minha última Copa, espero ganhar. Mas não é pagar dívida com torcedor, é realizar um sonho.

– A crítica, quando vem, tem de espremer o que é ruim, pegar o que é construtivo. É isso que eu faço. Trabalhar isso é complicado, não vou mentir. Tem de tirar sempre aquilo que você acha que serve pra você. Dizem que fui jogar com o Pato Donald, eu até brincava sobre isso.

A Liga Americana já passou até o Brasil em público. Antes de falar e criticar alguma situação, tem de fazer uma pesquisa. A Liga Americana cresceu muito, jogos com 40 mil. Vocês poderiam analisar melhor – completou o titular da Seleção Brasileira.

Único titular na Copa do Mundo de 2010 já confirmado entre os titulares de Luiz Felipe Scolari, Julio Cesar acha que amadureceu após a eliminação na África do Sul. O goleiro falhou na derrota por 2 a 1 para a Holanda, nas quartas de final. Na época, ele era considerado o melhor goleiro do mundo: foi ao Mundial depois de vencer a Liga dos Campeões com a Inter (ITA).

– Eu me tornei um profissional melhor depois de 2010. Às vezes a autoconfiança atrapalha. Sou mais focado, eu me sinto 100% para jogar essa Copa. Foram três meses focado só no trabalho, maravilhoso. Não perdi nada, só melhorei – disse.

O goleiro reconhece que treinos não são suficientes para manter alguém em alto nível na posição. Para ele, no entanto, os sete jogos pelo Toronto ajudaram.

– Para o goleiro, é importante jogar. Escolhi o Toronto também pelo aspecto psicológico, pegar ritmo, a bola, o escanteio, no treino isso não se trabalha. O Toronto foi o único time que abriu as portas para mim. Tentei conversando com outros clubes, pela folha salarial, várias coisas, não deu certo. O negócio estava ficando complicado. Eu chego bem psicologicamente, preparado. Se não tivesse jogado nenhuma, seria mais difícil – comentou.