Juiz decreta prisão de vereador acusado de visitar Câmara à noite

Afastado da Câmara, Cirilo Ramão está em liberdade desde 17 de dezembro (Foto: Divulgação)

O vereador afastado Pastor Cirilo Ramão (MDB), Um dos indiciados na Operação Cifra Negra, que investiga corrupção no Legislativo municipal, terá de voltar para a cadeia em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Nesta sexta-feira (8), o juiz da 1ª Vara Criminal Luiz Alberto de Moura Filho decretou a prisão de Cirilo a pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O Campo Grande News apurou que ele deve se apresentar à polícia nas próximas horas.

Afastado do mandato desde que foi preso pela primeira vez, em 5 de dezembro, o pastor-vereador é acusado de descumprir medidas cautelares impostas no habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de MS.

O MP afirma que Cirilo Ramão esteve à noite na sede da Câmara de Dourados, no dia 5 de janeiro, um sábado. Entre as medidas impostas para que ele ficasse em liberdade provisória está a proibição de sair de casa após 18h. Câmeras de segurança teriam registrado a presença do vereador no local.

No dia 18 de janeiro, outro vereador implicado na mesma operação, o ex-presidente da Câmara Idenor Machado (PSDB) também foi preso acusado de descumprir a ordem judicial ao visitar a Câmara.

Três dias depois, o desembargador Paschoal Carmello Leandro acatou os argumentos da defesa e revogou o mandado de prisão. Idenor foi solto no mesmo dia, mas voltou para a cadeia em 30 de janeiro, um dia depois de o plenário do TJ revogar a liberdade provisória.

O mesmo tribunal manteve o habeas corpus dos outros dez envolvidos, incluindo Cirilo Ramão e o também vereador afastado Pedro Pepa (DEM).

Até agora, Idenor era o único dos 11 denunciados na Operação Cifra Negra a ficar preso. Ele está na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) desde segunda-feira (4), para onde Cirilo deve ser levado assim que o mandado expedido hoje for cumprido.

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