Judoca de Mato Grosso do Sul lutará pelo Brasil apostando na raça

Em continuidade ao ciclo olímpico 2020, a judoca douradense Camila Gebara, 21 anos, fará sua primeira participação em um Grand Slam internacional, no próximo fim de semana. Em sua estréia no torneio, a peso-pesado defenderá o Brasil, justamente, na etapa de Tóquio, considerada a mais difícil do calendário mundial. Com menos experiência entre as melhores competidoras do mundo, Gebara aposta na raça para superar as adversárias.

“Esta é a competição mais importante tirando o Mundial e a Olimpíada. Teremos a atual campeã olímpica (a francesa Émilie Andéol), as lutadoras japonesas. Minha experiência perto delas é quase nada, vai ter que ser na raça, vou dar o meu melhor e se Deus quiser voltar com uma medalha”, afirmou.

De olho na pontuação do ranking mundial, Gebara falou da importância de um bom resultado na última competição oficial do calendário 2016. “O Grand Slam vale muitos pontos, uma das competições que mais vale ponto no ranking. Com certeza é muito importante fechar o ano com chave de ouro”.

Atleta da academia Sakurá de Dourados, Gebara diz que toma cuidado, nesta reta final de competições, para não deixar o desgaste físico prejudicar o rendimento. “Estamos no final do ano, o cansaço vai batendo fisicamente, no psicológico. Mas estou tentando não deixar isso acontecer”, revela.

Mesmo com o fim da temporada 2016, ela não pretende diminuir o ritmo dos treinos após sua volta do Japão. Entre os dias 13 e 14 de janeiro, ocorrerá no Rio de Janeiro a primeira etapa da seletiva para os Jogos de Tóquio 2020.

“Estou treinando normalmente e forte. Teremos ainda a seletiva olímpica e não posso deixar meu ritmo cair. Depois de janeiro, eu tiro umas férias”, concluiu a peso-pesado, ressaltando que todo o esforço vale a pena para defender o Brasil , nesta caminhada que vale o sonho de uma vaga na disputa olímpica.

SELEÇÃO

O Brasil será representando por 18 judocas no Grand Slam de Tóquio. Além de Camila Gebara, a equipe terá a sul-mato-grossense, Larias Farias, que mora no Rio de Janeiro há três anos. Atleta do Instituto Reação, ela vai defender a seleção na categoria ligeiro (- 48kg).

Com esta nova convocação, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) deu continuidade ao trabalho alinhado entre o Alto Rendimento e os atletas que precisam ganhar experiência em competições internacionais. “Estamos buscando construir um caminho sólido para esses jovens”, disse Marcelo Thetônio, gestor das Equipes de Base da CBJ.
O Grand Slam é uma das etapas do Circuito Mundial que mais distribuem pontos no ranking da Federação Internacional de Judô (FIJ) – o campeão soma 500 pontos. A pontuação é importante já que o ranking mundial define os cabeças-de-chave das próximas competições do circuito.

O Grand Slam de Tóquio terá parte da cobertura ao vivo pelo canal BandSports. A transmissão começa na sexta-feira, às 4h (MS).

http://www.correiodoestado.com.br/