Jornalista norte-americano decapitado também tinha cidadania israelense

Steven Sotloff, jornalista norte-americano decapitado por militantes do Estado Islâmico, também possuía cidadania israelense, disse Israel nesta quarta-feira, após aparentemente ter retido essa informação na tentativa de evitar os riscos para o prisioneiro.

“Liberado para publicação: Steven Sotloff era cidadão de #Israel RIP (descanse em paz)”, disse pelo Twitter Paul Hirschson, um porta-voz do ministério de Relações Exteriores em Jerusalém.

O Estado Islâmico, um grupo insurgente ativo na Síria e no Iraque, publicou na terça-feira um vídeo da execução de Sotloff, definindo o ato como retaliação pelos ataques aéreos dos Estados Unidos. O vídeo foi autenticado pela Casa Branca na quarta-feira.

A morte de Sotloff recebeu ampla cobertura da imprensa israelense, que identificou o repórter de 31 anos como judeu e um ocasional colaborador, mas manteve a informação em sigilo desde que o Estado Islâmico anunciou que ele poderia ser morto, duas semanas atrás.

“Nós nos recusamos a reconhecer qualquer relacionamento com ele, caso fosse perigoso para ele”, disse Avi Hoffman, editor da revista Jerusalem Report, que já publicara reportagens de Sotloff.

O jornal israelense Yedioth Ahronoth, citando um ex-prisioneiro, disse que Sotloff havia mantido seu judaísmo em segredo diante dos insurgentes islâmicos, fingindo estar doente quando jejuou para o feriado de Yom Kippur.

Reportagens da imprensa israelense disseram que Sotloff, nascido nos EUA, emigrou para Israel em 2005 e estudou em uma faculdade particular perto de Tel Aviv.