Por G1 SP
O sargento Anderson Camargo, da Polícia Militar, foi o primeiro policial a entrar na Escola Estadual Professor Raul Brasil após o massacre cometido pelos assassinos na manhã desta quarta (13) em Suzano, na Grande São Paulo.
Ele conta que chegaram rapidamente ao local porque faziam patrulhamento na região e que ao entrar na escola “já tinha alguns adolescentes correndo e alguns corpos no chão”.
O sargento da PM estava em uma viatura trafegando na Avenida Mogi das Cruzes quando foi abordado por pedestres que informavam que um senhor tinha sido baleado em uma agência de carro, localizada há 3 quadras da escola. O homem baleado era o tio de Guilherme Monteiro, de 17 anos, um dos assassinos. O homem foi socorrido, mas acabou morrendo no hospital.
“Acreditávamos que os indivíduos poderiam estar próximos e nisso nós logramos êxito em localizar o carro branco, que até então a gente não sabia que era um Ônix em frente à escola”, contou.
Sem imaginar que os criminosos teriam atirado em alunos e funcionários da escola, o PM foi surpreendido ao entrar na unidade de ensino. “Adentramos a escola e já tinha alguns adolescentes correndo e alguns corpos já no chão, nós ouvimos os dois estampidos, quando nós chegamos perto dos dois eles já estavam deitados no chão, com bastante sangue, e quando nós ultrapassamos os dois porque no fundo do corredor onde eles estavam existiam mais duas salas de aula com as portas fechadas. Nós batemos nas portas, foi até difícil para os adolescentes abrirem a porta porque eles estavam com muito medo”, disse.
A Polícia Civil já sabe que a intenção dos assassinos era fazer um número maior de vítimas. Uma tragédia maior só não ocorreu porque os policiais militares chegaram muito rápido à escola.
Massacre
Um adolescente e um homem encapuzados invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e abriram fogo contra alunos e funcionárias. Eles mataram sete pessoas, sendo cinco alunos, uma inspetora e uma coordenadora pedagógica do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.
Pouco antes do massacre, a dupla havia atirado contra o proprietário de uma loja da região, que morreu horas depois. Outras 11 pessoas estão internadas.
Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, Guilherme matou Henrique e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois.
Os corpos serão velados nesta manhã em uma cerimônia coletiva.
Os mortos são:
•Caio Oliveira, 15 anos, estudante
•Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante
•Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante
•Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, agente de organização escolar
•Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola; ele é tio de Guilherme, um dos assassinos
•Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante
•Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica
•Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos, estudante
Os feridos são:
•Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos, estudante
•Anderson Carrilho de Brito, 15 anos, estudante
•Beatriz Gonçalves Fernandes, 15 anos, estudante
•Guilherme Ramos do Amaral, 14 anos, estudante
•Jenifer Silva Cavalcanti
•José Vitor Ramos Lemos, estudante
•Leonardo Martinez Santos
•Leonardo Vinicius Santa Rosa, 20 anos
•Leticia de Melo Nunes
•Murilo Gomes Louro Benite, 15 anos, estudante
•Samuel Silva Felix