Interdição em pronto-atendimento do HU prejudica atendimento no HR

Com a recente interdição do setor de pronto-atendimento do Hospital Universitário de Campo Grande, o Hospital Regional (HR) sofre consequências da superlotação. Atualmente, 97 pacientes estão na urgência e emergência, o que representa 76% da capacidade da unidade. A partir de setembro, o HR poderá contar com o Pronto-Atendimento Médico (PAM). As obras da unidade duraram três anos e devem ficar prontas no dia 15 de agosto. Até o fim do mês o atendimento deve ser transferido para o novo prédio, que custou R$ 7 milhões.

A direção do HR instaurou sindicância interna para investigar possíveis irregularidades no agendamento de cirurgias para pacientes cardíacos. Dois procuradores e um servidor administrativo vão apurar denúncias de que procedimentos para cirurgias eletivas, aquelas que são agendadas, não estariam sendo respeitados. O trabalho da comissão deve durar 30 dias.

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Há dois meses, o Hospital Regional passou por auditoria do Ministério da Saúde com foco no atendimento a pacientes com câncer. No relatório com a conclusão dos trabalhos, os técnicos do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) apontam recomendações que a unidade vai precisar atender, entre elas a criação do setor de radioterapia.

Aquino disse que já encaminhou ao Ministério da Saúde documentos sobre a área onde pretende instalar o setor de radioterapia. Entretanto, não há prazo para o início das obras.

No tratamento contra o câncer, o HR oferece consultas, cirurgias e quimioterapia. Este ano, até junho, 594 pessoas foram internadas na unidade. O relatório do Denasus apontou uma série de falhas no preenchimento de prontuários, nos dados que não foram atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e nas autorizações de internação no setor de oncologia, que não obedeciam aos procedimentos do SUS mesmo depois da morte ou alta dos pacientes.

A direção do hospital não comentou o relatório, mas garantiu que as recomendações do Ministério da Saúde estão sendo cumpridas. Após as vistorias feitas na Santa Casa e no Hospital do Câncer, o relatório final do Denasus avaliou que o HR foi o que melhor se estruturou para prestar atendimento oncológico e geral adequado.

 

G1 MS