Há seis anos, briga em escola terminava em morte de adolescente de 15 anos

Ela foi golpeada com um canivete por outra aluna da escola

No dia 11 de setembro de 2013, Luana Vieira Gregório, 15 anos, morria em frente à Escola Estadual José Ferreira Barbosa, na Vila Bordon, em Campo Grande. Ela foi golpeada com um canivete por outra aluna da escola.

A faca era de uma menina de 18 anos identificada como Dafni e uma menor, de 16 anos, cometeu o crime. A polícia indiciou Dafni como coautora, pois, mesmo sabendo que haveria uma briga, não tomou atitude que pudesse evitar. Ao contrário, levou a faca com a qual a menor atingiu Luana.

O episódio começou na sala de aula, quando Luana borrifou um perfume e outra adolescente de 16 anos não teria gostado. Houve uma discussão e as duas prometeram acertar as contas na saída da escola.

Por volta das 11h, Luana foi tirar satisfação com a jovem começaram a briga, com socos, pontapés e puxões de cabelo.

Luana partiu para cima da adolescente que em determinado momento caiu e recebeu chutes. Logo depois, a jovem de 18 anos participou da briga.

Um professor tentou interferir, mas foi envolvido pelos demais alunos e acabou desistindo. A confusão aumentou e no momento que foi constatado que Luana recebeu o golpe, começou a correria por socorro. Ela foi levada para o Posto de Saúde da Vila Almeida e depois para Santa Casa, onde morreu após duas paradas cardiorrespiratórias.

Quando as envolvidas se apresentaram na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), três dias depois do crime, a de 18 anos disse que já ia à escola por conta de outra amiga. A respeito do canivete, que ela já carregava e passou para a jovem infratora que cometeu o homicídio, ela contou que tinha costume de andar com canivete.

Após os depoimentos e pelo fato de se apresentarem espontaneamente, as duas foram liberadas. No caso de Dafni, que era maior de idade, o seu inquérito foi encaminhado à Delegacia de Proteção Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij).

A polícia indiciou Dafni como coautora de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e sem dar chance de defesa. Já a estudante de 16 anos, responde por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, também duplamente qualificado.