Guardas-municipais presos na Omertà têm prisão convertida em preventiva

TJMS negou HCs de Jamil Name, filho e policiais civis

Foi convertida em preventiva a prisão dos guardas-municipais Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo Peixoto e Eronaldo Vieira da Silva, nesta terça-feira (15) pela 7º Vara Criminal. O pedido de liberdade dos três já havia sido negado na última semana.

Em seu despacho, o juiz de direito Marcelo Ivo de Oliveira converteu a prisão dos guardas alegando que é necessária pela ordem pública e pela conveniência da instrução criminal. No dia 8 de outubro, o pedido de liberdade dos três foi negado pela Justiça.

Os guardas estão presos desde o dia 27 de setembro quando a operação prendeu mais 22 pessoas supostamente envolvidas com uma organização criminosa responsável por série de homicídios no Estado. Em despacho, o juiz afirmou que “existe a manutenção da custódia cautelar para assegurar as investigações e considerando pela prática de crimes de organização criminosa, porte ilegal de arama de fogo de uso restrito, homicídios e crimes correlatos”.

Nesta terça-feira (15), foi negado por unanimidade o pedido de habeas corpus ao empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, também aos policiais Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti. Todos são acusados de integrarem uma organização criminosa de milícia armada, acusada de homicídios em Campo Grande, presos na deflagração da Operação Omertà.

Omertà
O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

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