Grupo chinês vai construir fábrica de R$ 640 milhões em Maracaju

A empresa chinesa de biotecnologia BBCA Group vai investir R$ 640 milhões  (US$ 320 milhões) na construção de uma fábrica em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande. O investimento foi anunciado hoje pelo governador André Puccinelli (PMDB) durante visita a cidade chinesa de BengBu, a 900 quilômetros de Pequim. O novo empreendimento deve gerar 400 empregos diretos.

O acordo assinado pelo governador e o prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja (PMDB), com o diretor presidente do BBCA Group, Li Roger Jie, prevê uma parceria entre a empresa, o governo do Estado e a prefeitura. A expectativa é que a fábrica comece a ser implantada este ano e entre em operação em 2015.

De acordo com o Governo do Estado, as conversas com a BBCA foram iniciadas em 2009, na primeira visita do governador à China. Diretores da empresa já estiveram em Maracaju durante a Showtec 2013 e devem voltar ao município no mês de maio para acelerar as negociações.

A empresa vai receber uma área de 100 hectares para a sede do empreendimento e vai adquirir mais 50 hectares. O Governo e a Prefeitura vão fornecer incentivos fiscais para a nova indústria, que abre caminho para uma grande cadeia produtiva em torno do milho, empregando mais de dois mil pessoas entre a produção e a industrialização da matéria prima.

Puccinelli se reuniu com autoridades chinesas e afirmou que vai apoiar a instalação da fábrica, que pretende enviar trabalhadores sul-mato-grossenses para treinamento no país asiático.

O grupo – A BBCA consome anualmente 600 mil toneladas de milho e 300 mil toneladas de eucalipto. O grão será utilizado na produção de amido, glucose, maltose, óleo, proteína de milho em pó, fibra alimentar, gérmen de milho, lisina e ácido cítrico.

Fundada em 1958, a BBCA é uma das maiores empresas de ciência e tecnologia para a bioquímica, bioenergia e biofarmacêutica da China e tem 8.700 funcionários.

Até o final de 2005, o ativo total da empresa chegou a 19.300 mil funcionários e a internacionalização foi definida como no plano de gestão aprovado em 2011. Além do Brasil, há unidades em Buenos Aires, Los Angeles, París, Bélgica, Tailândia e outros países.

Além do milho e do eucalipto, a fábrica importa produtos como óleo de peixe, farinha de peixe, soja, azeite, leite em pó, farinha de ossos, vinho, glicerina, frutas, e alfalfa.