Greve em três hospitais pode levar saúde pública ao colapso

O serviço público de saúde em Mato Grosso do Sul pode sofrer colapso em Campo Grande e Dourados, após início de mais uma greve dos médicos da Santa Casa e de funcionários de dois hospitais universitários na Capital e no interior.

Os médicos da Santa Casa iniciaram ontem, às 19h, greve por tempo indeterminado em protesto pelo atraso no pagamento dos salários.

Já os servidores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) e Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

Em Campo Grande, a paralisação começará na sexta-feira (22), e em Dourados, a 230 quilômetros da Capital, a partir de amanhã (21). Ambas as ações são por conta do “reajuste zero” anunciado em agosto pela Ebserh.

No maior hospital do Estado – a Santa Casa –, os médicos entraram em greve no início da noite de ontem, em razão de atraso no pagamento dos salários que, de acordo com representantes da categoria, ocorre pelo menos desde fevereiro deste ano.

“Já é dia 19 (ontem) e os médicos não receberam. A lei diz que a remuneração tem de ser paga até o quinto dia útil de cada mês, que em setembro venceu dia 6. E até o momento nenhum médico recebeu, todos os outros profissionais sim, só os médicos que não. Isso ocorre desde fevereiro. Este ano, só em janeiro o pagamento saiu em dia”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed-MS), Flávio Barbosa.

 

Correiodoestado