Governador defende a integração entre Estados para fortalecer logística de escoamento agrícola

O governador André Puccinelli participou na tarde desta quinta-feira (1º) da abertura dos trabalhos da Reunião Eixo Centro-Sul – Safra 200 – Portos de Paranaguá, um evento que reuniu dirigentes de portos, de diversos setores logísticos e de Estados do Sul para discutir os desafios do escoamento das safras agrícolas. A reunião foi realizada na Famasul e reuniu secretários de Transporte, de Agricultura, Produção, federações e organizações representativas do setor de grãos de MS, MT e PR.

 

         Segundo Puccinelli essas reuniões são de extrema importância para integrar os Estados e fazer com que juntos eles possam pleitear administrativa e politicamente a logística que fará de fato com que o custo Brasil do escoamento de commodities diminua. “Queremos que o custo Mato Grosso do Sul, custo Paraná, custo Rio Grande do Sul diminuam. A maior parte da nossa safra é escoada pelo Porto de Paranaguá, que historicamente durante o período de escoamento das safras tem filas quilométricas de caminhões”, disse. Ainda de acordo com o governador, a integração não deve se prender apenas à consecução de ferrovias, mas sim a toda logística. “Para o que for colocado no frete FOB (Free on Board), as nossas commodities embarquem com menos custo de chegada”, explicou.

 

  

 

          

 

         Para André a integração dos Estados os tornam mais competitivos em questão logística e promove a integração com os países sul-americanos. “Temos a ideia de sair de Ponta Porã e partir para Concepcion, são 200 quilômetros de ferrovia, e aí já se utiliza a hidrovia que é navegável em toda sua extensão, até os portos uruguaios e argentinos na foz do Atlântico”, explicou Puccinelli.

 

         Com relação aos investimentos do governo federal através do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) para a construção de um novo ramal da Ferroeste, que em cinco anos ligará Maracaju à Lapa no Paraná, com investimentos de R$ 7,3 bilhões, André foi incisivo: “A união de conhecimentos e estudos técnicos dos Estados são fundamentais para orientar e oportunizar um melhor projeto para a consecução da ferrovia”.

 

         O governador também se referiu a outros gargalos logísticos, como os navios de grande porte que não conseguem atracar nos Portos. “Temos muito por fazer nesta parte também, drenagem de berços, novos piers para atracar maior número de navios, melhorar a dragagem. Todos estes estudos estão sendo feitos para que possamos, enfim, minimizar os custos e tornarmos nossas commodities onde são consumidas, Ásia, Europa e Estado Unidos, mais baratas”, disse, destacando ainda: “Nós seremos a agricultura mais competitiva do planeta se tivermos logística integrada”.