Globo coloca tereré com copo Stanley ao invés de guampa tradicional na novela Pantanal

A modinha do copo Stanley chegou ao pantanal de Mato Grosso do Sul? Bom, pelo menos na novela que leva o nome do bioma, sim. Famosinho por “manter a bebida gelada durante horas”, o utensílio também se popularizou em sua versão “cuia”, que serve para chimarrão e tereré – o suficiente para despertar a fúria dos mais tradicionais que consideram o uso desse objeto uma verdadeira heresia contra a cultura sul-mato-grossense.

É claro que na trama adaptada por Bruno Luperi, nenhum peão se atreveu a utilizar o copo – pelo menos ainda. Quem surgiu em cena tomando tereré na “cuia do ódio” foi a “lacradora” Guta (Julia Dalavia). Militantes e vindos do Rio de Janeiro, só ela e Joventino (Jesuíta Barbosa) poderiam aparecer com o polêmico copo.

Apesar da filha de Tenório (Murilo Benício) claramente não fazer o estilo de quem toma tereré e ser bastante compatível com a galera que cospe e acha amargo, assim como o apresentador André Marques fez ao vivo recentemente, o público pôde vê-la apreciando a bebida enquanto trocava carícias com Tadeu.

Também chamou atenção o fato dela andar com a “cuia” sem nenhuma garrafa de gelo por perto, como se o copo armazenasse água, algo totalmente fora da realidade do tereré de MS.

“Cadê a guampa de chifre, o copo de alumínio? A mulher tá no Pantanal e tomando o verde nesse copo, tá de brincadeira”, comentou um sul-mato-grossense em publicação que repercute nas redes sociais, destacando o “insulto”.

A inserção do objeto na novela, a essa altura do campeonato, foi vista por muitos como “uma afronta” a Mato Grosso do Sul. “Tinha que ser a Guta. Afrontando os pais, o machismo e é lógico, a cultura tradicional do Pantanal”.