Garras identifica acusados de roubar banco em Aral Moreira

As investigações do roubo a uma agência bancária de Aral Moreira, ocorrido em dezembro de 2012, foram concluídas pelo Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), que identificou todos os integrantes da organização criminosa, acusados de praticar o crime.

 

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Dr. Alberto Vieira Rossi, no dia do crime onze homens armados com fuzis, pistolas e explosivos, invadiram a cidade, renderam policiais militares e roubaram todas as armas, incluindo pistolas e um fuzil da PM. Em seguida os assaltantes foram para uma agência bancária do município, quebraram as portas de vidro e utilizando grande quantidade de explosivos, arrombaram o caixa central e levaram todo o dinheiro que lá existia.

 

Após cometer o crime, os acusados fugiram para o Paraguai, utilizando entre outros veículos, uma viatura da PM de Aral Moreira. “Através da análise de imagensdo circuito interno do banco e de comércios próximos, pudemos identificar os acusados”, explica Dr. Rossi.

 

Em dezembro de 2013 o bando que no Paraguai é especializado em roubo a carros fortes, voltou a agir no Brasil, desta vez com o mesmo “modus operandi”, ou seja, novo cangaço e explosivos, roubaram mais uma agência bancária, no município de Aral Moreira.

 

As investigações do Garras apontam Mauri Nunes da Costa, 33 anos, como um dos responsáveis pelo assalto ao banco de Antônio João. Ele foi preso em Ponta Porã e encaminhado para o Garras, em Campo Grande, onde acabou confessando também envolvimento no roubo de “Ele era o explosivista da organização criminosa”, diz o delegado.

 

Outro integrante do bando identificado pelo Garras é o ex policial militar de Rondônia, José Aparecido Cardoso, 44 anos, o qual identificou-se como Ronaldo de Almeida Cardoso e inclusive cumpria pena como nome falso, segundo Dr. Rossi. “Ele confessou participação no crime e deu vários detalhes da ação e informou ainda a participação de paraguaios no assalto”, explica o delegado.

 

Segundo Dr. Rossi, José Aparecido é especialista em armamento pesado e na ocasião do roubo de Aral Moreira, disse ter utilizado uma metralhadora antiaérea calibre .30. “Ele ainda confessou que a organização criminosa utiliza um fuzil calibre .50, normalmente usado para roubar carros fortes”.

 

O alvo, segundo o Garras, não era o banco de Aral Moreira, mas sim um carro forte paraguaio. De acordo com o delegado a ação em que efetuariam disparos contra a blindagem até o veículo parar e em seguida utilizariam explosivos para arrombar o cofre, foi frustrada e mudaram de alvo.

 

Outros integrantes do bando identificados e que estão foragidos são Antônio José de Souza, 38 anos, Amado Ramon Benitez, 48 anos e João Pucheta, 50 anos (foto). Todos são considerados de altíssima periculosidade. Amado possui vários mandados de prisão em aberto e figura entre os dez bandidos mais procurados do Paraguai.

 

João Pucheta segundo o delegado é o responsável pelo fornecimento de armas e munições para o grupo, tendo como parceiro e braço direito e Antolin Gaona Zayas, que é Policial Nacional Paraguaio, que tem a função de guarda de armamento e explosivos. “Durante operação da SENAD, ele foi preso em flagrante com diversas munições, drogas e objetos utilizados no roubo a agência bancária de Antônio João”, diz Dr. Rossi.

 

O Garras recebeu informações de que Amado Benitez e seu bando, entre eles alguns brasileiros, fizeram mais um roubo na cidade paraguaia de 25 de Dezembro, levando mais de 300 mil dólares de um carro forte, utilizando um fuzil .50. Para fugir os acusados utilizaram um barco da polícia.