Galhos de árvore deixam pacientes sem cirurgia em hospital do Piauí

O HGV (Hospital Getúlio Vargas), que realiza atendimentos de urgência e emergência em Teresina, não pôde realizar 40 cirurgias neste domingo (22) por causa de um apagão em Teresina que durou tarde e noite.

 

A Eletrobras Piauí informou que a falta de energia no hospital foi pontual e ocorreu devido aos galhos de uma árvore que estavam batendo na rede elétrica, causando curto circuito, e, por isso, o fornecimento teve de ter interrompido até a poda ser concluída.

 

Segundo o hospital, nenhum interno com necessidade de equipamentos elétricos foi prejudicado porque um gerador de energia foi acionado. De acordo com a Eletrobras, serão investidos R$ 320 milhões em melhorias no serviço fornecido ao Piauí. A empresa vem sendo alvo de críticas da população.

 

No Carnaval deste ano, todo o litoral do Piauí ficou sem energia por cerca de 14 horas devido à queda de três postes em Parnaíba (344 km de Teresina). O apagão causou problemas no abastecimento de água para quatro cidades que compõem o litoral do Piauí – Parnaíba, Luis Correia, Ilha Grande e Cajueiro da Praia.

 

As baterias dos conjuntos de motobombas que fazem parte do sistema de abastecimento de água acabaram, e o fornecimento foi interrompido. Após o apagão, o governo do Estado afirmou que iria ingressar com processo contra a companhia energética para cobrar melhorias no sistema.

 

Ação do MPF

 

Devido aos problemas causados pela falta de energia, o MPF (Ministério Público Federal) vai realizar uma audiência pública com a Eletrobras no próximo dia 21 de maio para que a companhia mostre um plano de estruturarão para cessar os constantes blecautes no Piauí.

 

A ação foi ajuizada em 2010 pelo procurador regional dos direitos do cidadão no Piauí, Kelston Pinheiro Lages, para que a Cepisa (Companhia Energética do Piauí) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), além da União, “sejam obrigadas a fornecer energia elétrica de qualidade aos consumidores piauienses.”

 

Para o juiz federal da 1ª Vara da Seção Judiciária do Piauí Francisco Hélio Ferreira, devido à demora na tramitação da ação, “a celebração de um termo de ajustamento de conduta é a solução mais eficaz para que a empresa apresente ao MPF seus planos, projetos e programas, com a indicação de metas e parâmetros a serem alcançados”.