Família de Roberto Bolaños agradece fãs: 'Obrigado por tanto amor'

A família de Roberto Gómez Bolaños, criador dos seriados “Chaves” e “Chapolin”, agradeceu o apoio dos fãs do humorista, que morreu nesta sexta-feira (28) aos 85 anos. “Em nome da família, obrigado por tanto amor. Esperamos vocês amanhã [domingo] no Estádio Azteca a partir das 12 horas, para nos despedirmos. Os Gómez”, diz uma mensagem publicada neste sábado (29) no perfil do ator e diretor no Twitter.

O corpo do artista será levado para a Cidade do México, onde fica o estádio. Bolaños morreu em sua casa no balneário de Cancún, onde se refugiou os últimos anos para diminuir os efeitos de uma insuficiência respiratória e de outras doenças.

O ator estava aposentado há dez anos, mas isso não impediu que se adaptasse aos meios de comunicação mais modernos e se tornou um grande fã das redes sociais, tornando-se o mexicano com mais seguidores no Twitter – mais de 6,6 milhões.Após sua morte, a televisão mexicana emitiu mensagens de luto com um “Obrigado para sempre, Chespirito (seu apelido no México)”, como despedida a um comediante que engrandeceu sua história com os personagens da vila do Chaves e as aventuras do heroico Chapolin Colorado.

Enquanto isso, muitos fãs, tanto mexicanos como estrangeiros, estão se aglomerando em frente à casa do comediante, famoso por frases como “foi seO menino pobre do barril, que usava boné com tapa orelhas, foi lembrado por muitas personalidades mexicanas, desde o presidente do país, Enrique Peña Nieto, até seus companheiros de viagem na vila, Édgar Vivar (Senhor Barriga), María Antonieta de las Nieves (Chiquinha) e Rubén Aguirre (Professor Girafales).

“Roberto, não se vá, você permanece em meu coração e nos corações de todos aqueles a quem você levou alegria. Adeus ”Chavinho’, até sempre”, disse Vivar.

Aguirre, por sua vez, disse estar ‘estarrecido’ pela morte de quem qualificou como o melhor escritor de comédia da televisão mexicana, enquanto María Antonieta agradeceu Bolaños “por ter feito tanta gente feliz e pelos maravilhosos momentos que compartilhamos no grupo”.m querer querendo” e “palma, palma, não criemos pânico”.

“Era autêntico, engraçado”, disse – com o rosto coberto de lágrimas – Sonia, uma turista chilena que chegou até a casa, localizada na região hoteleira de Cancún, após saber da mEm 1968, conseguiu seu primeiro espaço próprio na TV, de meia hora aos sábados à tarde, onde nasceram suas primeiras séries: “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada” e “El Ciudadano Gómez”.

Para o ano de 1970, seu espaço se duplicou com a série “Chespirito”, de esquetes de humor. Foi ali que nasceram personagens como Chapolin Colorado e Chaves.

Tanto o personagem do super-heroi como o do menino peralta tiveram tanto sucesso que passaram a protagonizar suas próprias séries. Em 1973, os dois programas já eram exibidos em quase toda a América Latina.

Entre os personagens que criou se destacam o Seu Madruga, a Bruxa do 71, a Chiquinha, Quico, Jaiminho “o Carteiro”, o Professor Girafales, o Botijão, assim como a Dona Florinda e Chimoltrúfia, ambas interpretadas por sua esposa, Florinda Meza.

Nesta sexta-feira, a centenas de quilômetros de Cancún, uma vizinha da casa que Bolaños tinha na Cidade do México foi a primeira a se aproximar do local para expressar seu pesar.

“Sinto como se um familiar tivesse morrido e isso não aconteceu comigo com nenhum outro artista”, afirmou à Efe a senhora, que preferiu não se identificar e deixou uma mensagem junto a um ramo de crisântemos brancos com os dizeres: “se cada flor significasse um sorriso que o senhor nos presenteou, todas as flores do mundo não seriam suficientes”.orte do artista.

Sonia contou aos jornalistas que assistia às séries de Bolaños desde os 9 anos e lembrou a sala de aula do Professor Girafales, a vila do Chaves e o barril oBolaños nasceu em 21 de fevereiro de 1929 na Cidade do México. Era filho de Elsa Bolaños-Cacho, secretária, e Francisco Gómez, pintor, desenhista e cartunista em jornais. Ele estudou engenharia, mas nunca seguiu a carreira.

Começou a trabalhar em uma agência de publicidade aos 22 anos e, muitos outros mais tarde, começou no cargo de roteirista escrevendo para programas de rádio e televisão, além de filmes para o cinema.

O apelido “Chespirito”, um diminutivo espanholizado do sobrenome do dramaturgo inglês Shakespeare, foi dado pelo diretor de cinema Agustín Delgado por sua inesgotável imaginação e sua baixa estatura, de pouco mais de 1m60.nde o personagem morava.