Ex-gerente da Petrobras é preso em nova fase da Lava Jato

A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira (20) quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária para apurar o pagamento de propina a executivos da Petrobrás por meio do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas da Odebrecht. Nove dos dez mandados são realizados no Rio de Janeiro (RJ) e um deles, de busca e apreensão, em Recife (PE), pela 46ª fase da Operação Lava Jato. Os alvos responderão por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

Há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobrás uniram-se para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas “off-shores” estabelecidas no exterior, de acordo com os investigadores.

O alvo da prisão preventiva é o ex-gerente executivo da área Internacional da estatal Luis Carlos Moreira da Silva. Ele será conduzido à carceragem da Polícia Federal de Curitiba (PR). Os mandados foram autorizados pela 13ª Vara Federal de da capital paranaense, onde trabalha o juiz Sergio Moro. O magistrado viu risco à “ordem pública” na liberdade de Moreira.

A PF informou ainda que estão sendo ainda realizadas três intimações determinadas pelo Juízo Federal com a imposição de outras medidas cautelares conforme estabelece os artigos 282 e 319 do Código de Processo Penal.

Outras citações

Luis Carlos Moreira já foi citado desde as investigações sobre Pasadena na Lava Jato (em 2015, na fase Corrosão). Ele também teria participado de reunião com José Carlos Bumlai, Fernando Baiano, Nestor Cerveró e Eduardo Musa sobre pagamento de propina pelo Grupo Schahin em troca de contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000.

Outro ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, Demarco Jorge Epifânio disse em delação que Moreira lhe ofereceu US$ 1 milhão como umas espécie de prêmio.

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