O jornal “O Estado de São Paulo” divulgou na segunda-feira, uma pesquisa feita pelo DataSUS (Banco de dados do Sistema Único de Saúde), mostrando os índices de taxas de homicídios em diversos municípios brasileiros.
No Mato Grosso do Sul, o estudo apontou Coronel Sapucaia com a cidade mais violenta.
De acordo com dados de 2011, a taxa de homicídio no município é de 84,7 para cada grupo de 100 mil habitantes, seguida por Itaquiraí (58,4), Maracaju (52,3) e Dourados, com 40.3.
De acordo com a análise, taxas de homicídio superiores a ’10’ são consideradas como epidêmicas pela ONU (Organização das Nações Unidas). As taxas de Dourados em 2001 eram de 31.2 (129 mortes); já em 2011 eram 38.2 (194 mortes).
Números Contestados
Os números apresentados pelo estudo são contestados pelo delegado regional da Polícia Civil de Dourados, Antonio Carlos Videira. Em entrevista ao Dourados News, ele acredita que os dados em relação ao município podem estar errados.
“Em 2001 o município tinha 168.197 mil habitantes, já em 2011 quase 200 mil, então as contas devem ser feitas de acordo com a quantidade de número de habitantes, em 2001 não havia tantas usinas na região, por exemplo”.
Outra explicação é que o crime pode ter ocorrido em outro município, contudo a vítima morreu em Dourados ou em Coronel Sapucaia, por exemplo. “As taxas de Coronel Sapucaia são muito altas porque a pessoa sofre atentado no Paraguai e é atendida no hospital brasileiro, então a taxa de morte vai para aquele município”, esclareceu o delegado.
Na contramão do estudo, Videira ressalta que o número de homicídios diminuiu de 2011 para 2012 e deve diminuir também neste ano.
“Em 2011 foram 65 homicídios, a taxa então foi de 32,5% (a cada 100 mil habitantes); já em 2012 foram 54 homicídios – taxa de 27,4% ; e nos primeiros seis meses de 2013 ocorreram 26 homicídios”, disse.
A prevenção e repressão levaram a redução da criminalidade, “isso se deve ao policiamento preventivo nas áreas de maior vulnerabilidade, com base nas informações obtidas pela inteligência artificial e análise criminal. Isto somado a uma intensa repressão, o que promove otimização de resultados e redução de custos”, explicou Videira.
O índice de esclarecimento dos homicídios de Dourados ultrapassa 80%, “é uma das melhores do país, comparando com cidades do seu porte”, informou o delegado.