Entenda o que é a microexplosão que atingiu Campinas; veja trajetória dela

Fenômeno atingiu a cidade no domingo e deixou estragos e feridos.
Cidade teve muitos estragos em vários bairros; shopping fica fechado

O fenômeno climático microexplosão, que atingiu Campinas (SP) na madrugada de sábado para domingo (5),é uma nuvem carregada de ar, água, granizo e acompanhada de ventos intensos que atingem até 120 km/h. E este fenômeno atingiu a superfície. Cinco pessoas tiveram ferimentos leves. A explicação é da meteorologista Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.
“Esses ventos intensos [radiais] quebram árvores e derrubam o que estiver ali no entorno no raio de atuação”, afirma Ana Ávila. [Veja vídeo acima sobre a microexplosão e a explicação da meteorologista].
Ainda segundo os meteorologistas, no caso de Campinas a microexplosão teve raio de ação em três pontos da cidade. Ele teria se formado primeiro em cima da região do Galleria Shopping, nas proximidades da Rodovia Dom Pedro I (SP-065).

Depois, se deslocado para a região do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) perto do bairro Taquaral. Foi nesta área que ocorreram os estragos na Bambini, distribuidora de pães e no Colégio São José.

Em um terceiro momento, a microexplosão atingiu o Bairro São Quirino. Desta forma, estas três áreas foram as que sofreram ação da microexplosão.

Como o fenômeno se deslocou de forma circular, em um primeiro momento, se pensou que se tratava de um tornado.

Entenda o caso
Choveu forte na madrugada deste domingo (05) em toda a região de Campinas. Os ventos  fortes e muitos raios assustaram moradores, destelharam casas  e causaram muitos estragos pela cidade. Foram contabilizadas pelo menos 70 quedas de árvores, mas este número pode aumentar, segundo o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.

Pela manhã, ele contou que foram registrados ventos de 88 km/h na estação metereológica de Barão Geraldo e 74 mm de chuva em apenas 45 minutos, inclusive granizo. Durante a tarde uma nova estimativa foi ainda maior e os ventos passaram dos 100 km/ hora segundo a Defesa Civil. Não foi divulgado o número de feiridos devido à tempestade.

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Casas tiveram telhados arrancados pela força do vento (Foto: Reprodução/EPTV)