Encontrada garrafa com manuscritos em estátua de Tiradentes que teria sido retirada da praça para restauração

260713 estatuatiradentes     Uma pequena garrafa com papéis e possivelmente um pedaço de metal foi encontrada embaixo da escultura de Tiradentes, na praça de mesmo nome, no Centro de Curitiba, durante a retirada da obra de arte para restauração. O pequeno objeto está tampado com uma espécie de rolha e aparenta estar no local há décadas. Uma data deve ser marcada pela entidade responsável pela restauração e pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para abrir o garrafa e verificar seu conteúdo.

     O objeto foi encontrado durante a retirada do monumento para o transporte até o local onde ela passará por reparos. A obra feita pelo escultor João Turin (1878-1949) foi inaugurada em 1938. O fato de há 75 anos a estátua compor a paisagem curitibana gera expectativa sobre o conteúdo da garrafa. Ainda não há detalhes sobre desde quando o objeto está no local, se foi ele foi colocado por alguém lá depois da inauguração ou se é algo pensado pelo próprio escultor.

     Por meio do Twitter, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) falou sobre a garrafa, mas disse não poder dar mais detalhes sobre o assunto. Ele esteve no local durante a retirada e interagiu com seguidores do seu perfil. Aos internautas curiosos, que perguntaram sobre o conteúdo, ele apenas respondeu que a peça será aberta na presença de curadores e relatou que os manuscritos datam de 1927.

     A estátua na qual foi encontrada a garrafa, que representa o líder da Inconfidência Mineira – Joaquim José da Silva Xavier –, fica no marco zero da capital. O monumento é apenas uma das obras feitas por Turin que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. Integram a obra do artista espalhada pelas praças da capital a peça Luar do Sertão (a onça rugindo que fica na rotatória ao lado da sede da prefeitura) e a escultura de uma águia, na Praça Santos Andrade.

     Todas essas obras serão revitalizadas como parte de um projeto do Ateliê João Turin. A intenção é restaurar todo o acervo do artista e criar novos moldes para poder reproduzir as esculturas. Essas três estátuas originais voltam para as praças em agosto, mas as cópias farão parte de exposições que vão percorrer o país e o mundo.

     Já estão previstas passagens das obras por pelo menos cinco capitais brasileiras. Bruxelas, capital da Bélgica, onde Turin estudou, também já está no roteiro. Nova York, nos Estados Unidos, também compõe a lista e há possibilidade de a exposição seguir para Paris, na França. Nesta última cidade, o artista viveu entre 1911 e 1922.

 

Fonte: gazetadopovo.com.br