Em quatro meses, Hospital Regional de Ponta Porã realiza mais de 77 mil procedimentos

O Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã, obteve destaque ao atingir as principais metas e demonstrar indicadores positivos nos primeiros quatro meses sob a gestão do Instituto Acqua. Entre os meses de abril e julho deste ano, foram registradas 2.726 internações nas Clínicas Médica, Ortopédica, Cirúrgica, Obstétrica, Pediátrica e UTI Adulto.

Em um comparativo realizado com o mesmo período de 2018, houve aumento de aproximadamente 100%. Nos quatro meses, foram contabilizadas 921 cirurgias de médio e pequeno porte; destas, 350 foram eletivas das especialidades ginecológicas, urológicas, hérnia e vesícula. Em relação à gestão anterior, houve aumento de 300%, quando apenas 87 cirurgias eletivas tinham sido realizadas no mesmo período.

Gerenciado desde 29 de março pelo Instituto Acqua sob a supervisão da Secretaria de Estado da Saúde (SES) o Hospital obteve melhorias na produção com a ampliação dos atendimentos e oferta de exames. No período, os atendimentos mais que dobraram: foram realizados mais de 77 mil procedimentos ambulatoriais.

O diretor-geral da unidade, Demetrius do Lago Pareja, ressalta que a unidade conseguiu atingir as principais metas, por meio de investimento em equipamentos e capacitações. “Nós tivemos a grata satisfação de, logo nos primeiros 100 dias, contarmos com todo o apoio do governo do Estado para colocar a unidade em pleno funcionamento. Conseguimos atingir as principais metas de internação, procedimentos ambulatoriais, cirurgias de modo geral e eletivas, até excedemos as nossas metas. Isso demonstra que a gestão implementada é bastante eficiente e efetiva”, conclui.

Para Samir Siviero, diretor-presidente do Instituto Acqua, a evolução do trabalho integra a política de gestão da instituição em consonância com as metas estabelecidas pelo Governo do Estado. “Podemos dizer que estamos disponibilizando todo o potencial que a unidade tem a oferecer para população. Se mantivermos esse quantitativo nós poderemos melhorar ainda mais a qualidade e otimizar nossos serviços. É o compromisso que assumimos: tornar o Hospital de Ponta Porã cada vez mais um espaço de acolhimento e excelência”, afirma.

Dentre as ações que tiveram destaque com a nova gestão, estão a reabilitação das salas cirúrgicas, leitos de UTI, aquisição de equipamentos e ampliação da oferta de exames, o que possibilitou a melhoria na assistência à população com rapidez e eficácia.

Jéssica Ferreira Cabanas, 19 anos, ficou internada na UTI e se recuperou de três paradas cardiorrespiratórias. Ela se emocionou ao contar os dias que passou internada e o quanto a equipe foi importante na sua recuperação. “Voltei à vida. Parei de respirar três vezes e os profissionais agiram de maneira rápida, eficaz e me proporcionaram viver de novo. Só tenho que agradecer por todo cuidado e carinho da equipe de enfermeiros, técnicos e médicos que contribuíram para minha completa recuperação”, contou.

UTI 

Na UTI, a implantação de novo modelo de trabalho melhorou a qualidade no atendimento aos pacientes

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto acaba de implantar o sistema de monitoramento checklist beira-leito. O checklist uniformiza a linguagem e serve como ferramenta para melhorar a comunicação entre equipes multidisciplinares, além de suscitar discussões técnicas com base em evidências científicas.

“Pesquisamos bastante e verificamos que as UTIs que adotaram o procedimento apresentaram melhorias importantes para o bem-estar dos pacientes. Implantamos o programa com o objetivo de aperfeiçoar a monitoração desses pacientes. Durante o checklist todos da equipe se reúnem em volta do leito para discutir o melhor tipo de cuidado para cada caso específico. Também usamos um aplicativo para auxiliar esse processo, pois todos os dados ficam armazenados e os profissionais podem acompanhar as informações de forma integrada”, disse o coordenador de enfermagem da UTI, Cássio Humberto Rocha.

O médico coordenador técnico da UTI, João Angelo Oselame Hoffmann, explicou que o novo fluxo traz impactos positivos de padronização e segurança dos pacientes. “Em alguns estudos observou-se a diminuição no volume de fluidos usados na ventilação mecânica, menos risco de lesões nos pulmões. E houve redução no tempo de uso de cateteres venosos centrais, principalmente urinários, para reduzir o risco de infecções. O checklist também influencia na diminuição da variabilidade nos cuidados com pacientes, uma das principais ferramentas para diminuir erros médicos”, afirmou.

A unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Ponta Porã conta com 12 leitos habilitados, 20 técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros, cinco fisioterapeutas, 11 médicos intensivistas e quatro profissionais de higienização.

Estrutura

O Hospital Regional de Ponta Porã atende a população de mais de 200 mil habitantes dos oito municípios da região sul do estado e conta com 107 leitos, 29 destinados a Clínica Cirúrgica e Ortopédica, 20 para a maternidade, 16 leitos na Clínica Pediátrica, 32 na Clínica Médica e 12 leitos habilitados na UTI). Em média, 130 pacientes passam, por dia, no Pronto Socorro, que oferece atendimento de baixa e média complexidade em regime de livre demanda ou referenciada.

Texto: Camila Kaveski (Instituto Acqua)/Ricardo Minella – Secretaria de Estado de Saúde (SES)

Fotos: Divulgação