Duas crianças morrem afogadas depois de barranco desmoronar

 

 Duas crianças morreram vítimas de afogamento, em uma lagoa, localizada em uma das margens da rodovia que liga Amambai a Ponta Porã (MS). 

Segundo informações, uma menina de 11 anos e um menino de 5 anos, moradores de uma aldeia indígena, foram tomar banho em uma lagoa, quando devido a uma forte chuva se esconderam embaixo de um barranco, que desmoronou.

Uma outra criança que estava no local, saiu ilesa e foi procurar ajuda, porém as crianças não conseguiram sobreviver.

O fato aconteceu na tarde de terça-feira (08).

Uma empresa funerária de Amambai esteve no local para buscar os corpos e se dirigiu até o Hospital Regional, onde recebeu a ordem para levar as vítimas até o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Porã, para que fossem realizado os exames necroscópicos, feito que ocorre regularmente em caso de morte à esclarecer, ou seja, por causas não naturais.

Segundo a empresa funerária os corpos foram conduzidos de forma normal até o IML para a realização dos procedimentos cabíveis. Ontem (09), os corpos das crianças foram levados para a aldeia.

Segundo relatos de representantes da empresa ao chegar no local, um dos funcionários da funerária teria sido repreendido pelos familiares das vitimas e questionado a origem de uma fita adesiva que estaria colada em todo o tórax da menina, pressupondo que os órgãos teriam sido retirados.

Com isso, o funcionário acuado com a situação, fugiu do local deixando para trás o carro da empresa e todos os equipamentos.

De acordo com o site A Gazeta News, o proprietário da empresa funerária que transportou os corpos relatou que “os familiares das crianças, assim como muitos outros indígenas, não aceitam que os corpos tivessem sido abertos para que o procedimento de autópsia fosse realizado, mas é assim que acontece em todos os casos”, relatou o dono da funerária.

Em contato via telefone, o auxiliar do médico que realizou, junto com o médico legista, o procedimento no IML relatou a nossa reportagem que “esses procedimentos são completamente normais. Tudo que foi feito com essas crianças é feito em qualquer outra situação. Não existe essa situação dos órgãos terem sido extraídos e recebido outro destino. Tudo é examinado e recolocado no lugar e costurado, procedimento padrão”, comentou o auxiliar.