Diante de rival bem postado, Seleção evidencia que tem muito a melhorar no caminho até a Copa-2022

A preocupação de encontrar novos caminhos continua a rondar a Seleção Brasileira. Em um jogo no qual teve sete baixas (dentre elas pilares de Tite, como o astro Neymar, o volante Casemiro e o meia Coutinho), a suada vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, mostrou um cenário no qual a equipe, depois de muito tempo, não soube extrair o que tem de melhor de seus convocados.

– Estava muito congestionado para fazer jogadas pelo meio e até para chutes de média distância. A oportunidade era criar em jogadas pelos flancos, atuar mais aberto. Assim foi o gol, abrimos pois achamos o caminho, povoamos mais a área – afirmou Everton Ribeiro.

Diante de uma Vinotinto que fechava os espaços, a transição entre a defesa e o ataque aconteceu com lentidão, mesmo com o empenho de Everton Ribeiro, e o ímpeto ofensivo se transformava inevitavelmente em cruzamentos. Deste primeiro tempo, ficaram boas tentativas com Renan Lodi, mas que só ficaram no esboço.

– Quando um time está com uma proposta de marcar forte, isso gera uma ansiedade maior. Fica bem mais difícil – afirmou Everton Ribeiro.

A entrada de Lucas Paquetá no intervalo foi essencial para tirar a Seleção da mesmice que rondou sua etapa inicial. Em vez do passe pelo meio, o camisa 11 encontrou a brecha para que Everton Ribeiro lançasse a bola na área, no lance que culminou no gol de Firmino.

Sua entrada também estendeu as opções de jogadas, o que não aparecia em uma etapa inicial com poucos destaques.

– Eu me senti bem à vontade atuando desta maneira, mais recuado, como venho fazendo no Lyon. Consegui encontrar este passe, mas o importante foi atender o que o professor (Tite) pediu e sairmos daqui com a vitória – destacou o meio-campista.

O volante Allan foi categórico sobre o desempenho brasileiro.

– Era uma partida bem tática. Jogamos contra um adversário bem fechado, bem atrás na última linha de defesa. Então tivemos que ter paciência e fazer bem o que trabalhamos e os pedidos do professor – afirmou.

O desempenho indica que a Seleção ainda tem muito a fazer até encontrar sua melhor forma de comprovar que tem grandes “cartadas”. Além da atuação que deixou a desejar, a lição do Morumbi é que não dá para ficar refém de pilares ou se acomodar na mesmice em meio ao sonho da Copa do Mundo de 2022.

Fonte: Lance