Desempenho das indústrias de MS é positivo pelo 17° mês consecutivo

O resultado é calculado com base nos levantamentos de Confiança e Sondagem Industrial

** SÚZAN BENITES

O Índice Geral de Desempenho Industrial (IGDI) de Mato Grosso do Sul completou, em outubro deste ano, o 17º mês consecutivo acima dos 50 pontos. No respectivo mês, o índice somou 55,7 pontos, indicando uma relativa estabilidade na comparação com setembro deste ano, quando chegou a 56 pontos. O levantamento foi criado pelo Radar Industrial da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que, entre setembro e outubro houve aumento na participação das empresas com produção estável ou crescente. Aumentou também a intenção de investimento e a utilização da capacidade instalada. Além disso, ressalta o economista, é preciso somar a isso a estabilidade no índice de confiança e recuo na participação das empresas que realizaram contratações.

Em outubro, a produção ficou estável em 56,7% dos estabelecimentos, contra 59,2% no mês de setembro. “Já as empresas que apresentaram expansão responderam por 23,9% do total, contra 15,5% no mês anterior. Contudo, mesmo com o IGDI sinalizando uma acomodação no ritmo de atividade, o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue otimista em relação aos próximos seis meses, com os índices de intenção de investimento e confiança permanecendo em patamares elevados”, reforçou.

Resende acrescenta ainda que é importante ressaltar que a maior parte das variáveis analisadas apresentou desempenho positivo na comparação mensal, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses. “Com os dados consolidados constata-se que o IGDI segue acima dos 50 pontos. Indicando que, na média geral, o desempenho foi satisfatório, segundo a percepção da maioria dos empresários respondentes”, finalizou.

ÍNDICE

O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis – emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Já no caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Em relação a produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é Índice de Confiança do Empresário Industrial.
PESQUISA NACIONAL

A pesquisa nacional aponta expectativas positivas para os próximos seis meses. Houve redução apenas no indicador que mede a expectativa na quantidade exportada para o semestre seguinte, que passou de 52,5 pontos para 52,4 pontos. O índice de demanda subiu de 56,7 para 57,7 pontos. O de compras de matéria-prima variou de 54,2 para 54,6 pontos e o de número de empregados de 50,2 para 50,7 pontos.