Deputados debatem segurança pública em sessão ordinária

Petista ocupa cargo de deputado estadual atualmente - Foto: Divulgação/ALMS
Petista ocupa cargo de deputado estadual atualmente - Foto: Divulgação/ALMS
Os parlamentares estaduais debateram durante a sessão ordinária desta quarta-feira (21/2), o quadro de violência que tem ganhado destaque nas discussões em todo o país. O deputado Cabo Almi (PT) iniciou lembrando o lançamento da Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Mato Grosso do Sul, que tem como tema este ano “Fraternidade e a superação da violência”.

Em sua fala, relacionou o slogan da campanha com o atual momento vivenciado na segurança pública. “Mato Grosso do Sul anda bem, é verdade, mas ainda precisa melhorar. Somos tidos como “corredor do tráfico” de armas e drogas, responsáveis pelo abastecimento de grandes centros urbanos. Por isso mesmo, o lançamento da campanha da CNBB é importante para nós, pois todos precisamos contribuir para a diminuição da violência”, disse.

De acordo com Almi, servidores das Polícias Civil e Militar necessitam de maiores efetivos em seus quadros a fim de desempenharem suas funções de investigação e policiamento ostensivo. “Seria interessante que o Governo do Estado acelerasse o processo de realização do concurso público da PM já anunciado, resguardando, por exemplo, a Polícia Ambiental que necessitará de contingente com a chegada da piracema. Também sei do grande interesse de candidatos que sonham em servir nossas Forças”, justificou.

O deputado José Carlos Barbosa (PSB), que atuou como secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ressaltou a necessidade do debate. “A situação é alarmante, a ponto de a União declarar intervenção federal no Rio de Janeiro, mesmo sendo da opinião que não é esta medida que irá resolver o problema, mas sim ações silenciosas. Quando fazemos o contraste com outros Estados, Mato Grosso do Sul revela números importantes. Somos o Estado que mais prende e elucida homicídios, com índices superiores a 60%, além de termos apreendido 427 toneladas de drogas no ano passado, por exemplo”, apontou.

Já o deputado Dr. Paulo Siufi (PMDB) disse ser favorável à realização de uma audiência pública sobre a matéria. “Mesmo a Campanha da Fraternidade de 2018 sendo belíssima, precisamos de ações firmes. A segurança pública é um dever de todos, e deve ser discutida nesta Casa, para verificarmos o que pode ser feito nos âmbitos federal e municipal”, observou.

“Não sei se a intervenção é certa ou errada. Não sei se a intervenção irá salvar, mas pelo menos o presidente Temer teve a coragem de fazer algo”, complementou o deputado Eduardo Rocha (PMDB).

Por fim, o deputado Professor Rinaldo (PSDB) declarou compreender a preocupação de Cabo Almi. “Como já dizia Rui Barbosa, a família é a célula mater da sociedade. Devemos ter em mente que com uma família bem construída as probabilidades de indivíduos se desviarem moral e legalmente diminuem. E também cobrar do Governo Federal um maior cuidado com os nossos 1500 km de fronteira seca”, opinou.

Fonte: Noticias CG