Delcídio diz que deseja aliança de centro-esquerda em MS, mas não teme ir para disputa

Wendell Reis

 


 

O senador Delcídio do Amaral (PT) afirma que está conversando com vários partidos na busca por uma aliança de “centro-esquerda” para concorrer ao Governo do Estado. Porém, caso não consiga fechar um acordo, principalmente com grandes partidos, o senador defende um debate sadio e com comparações.

“Se não tiver aliança, vamos para a disputa. Vamos comparar o que o governo do PT fez. Nunca Mato Grosso do Sul teve um parceiro como o Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e a Dilma (presidente Dilma Rousseff)” declarou, ressaltando que vai lutar por investimentos na educação, saúde, segurança pública e na vocação regional.

“Temos que olhar a fronteira, que é o calcanhar de Aquiles. Não adianta só sistema de monitoramento. Tem que dar perspectiva para as pessoas que moram na fronteira”, complementou.

Ao propor o debate, o senador aproveitou para alfinetar o governo de André Puccinelli (PMDB). Delcídio disse que foi recentemente a uma fábrica, trazida por Puccinelli para Três Lagoas, e observou que o empreendimento gerou diversos empregos. Porém, lamentou que a maioria das vagas fique para pessoas de outros estados, por falta de mão de obra local.

“Não tem qualificação e mão de obra, que gere emprego aqui. Encarece tudo. Mato Grosso do Sul não tinha escola técnica e vai passar a ter agora”, criticou. Após a declaração, Delcídio evitou falar sobre composição com o PMDB e voltou a dizer que se não houver entendimento, vai para o debate “sadio”.

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O senador mostrou mais otimismo ao falar do relacionamento com o PSDB, citado por ele como um diálogo que evolui, mas que precisa aguardar com paciência, conversa e muita humildade. “Lá na frente vamos ver se vai fazer ou não. Mas, o diretório nacional tem ciência de todas as nossas ações. Tudo está sendo feito as claras. Não tem nenhuma conversa de bastidor”, garantiu. A entrevista foi concedida ao programa Tribuna Livre.