Defesa quer retorno de filha e mulher de serial killer que estão em presídio do interior

Defesa alega que Yasmin e Roselaine estariam sem assistência presas no interior

A defesa de Yasmin Natacha Gonçalves Carvalho, de 19 anos e Roselaine Tavares Gonçalves, 40 anos, esposa de Cleber de Souza Carvalho, o pedreiro de 43 anos, acusado de assassinar sete pessoas em Campo Grande, quer o retorno das duas mulheres para a Capital.

Segundo o advogado, Jean Cabreira, a defesa deve entrar com pedido de retorno de Yasmin e Roselaine, que estão encarceradas no presídio de Corumbá, para a Capital já que as duas estariam sem assistência. “Não tem como a Yasmin fazer o exame de insanidade mental por videoconferência”, disse o advogado, que ainda deve entrar com pedido de retorno.

O exame de insanidade foi previamente marcado pela Justiça para o dia 15 de agosto. Tanto o pedreiro como Yasmin devem ser submetidos aos exames, que devem ou não atestar insanidade.

Cleber está preso e, conforme já dito, todas as vítimas tinham algum tipo de relação com ele: ou eram conhecidos próximos ou então pessoas que trabalhavam junto com ele, ou então alguém que havia lhe contratado. 

Mortes na Capital

José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, que estava desaparecido desde fevereiro deste ano, teve o corpo encontrado no dia 15 do mês passado, durante a madrugada. Algumas horas depois, quem também teve o corpo encontrado após escavações foi Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.

Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal, e durante a briga foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele então foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.

No início da tarde, o idoso o idoso Hélio Taira, de 73 anos, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.

O pedreiro então matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então. Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer Cleber, que segundo a polícia, matou o primo a pauladas o enterrou e vendeu a residência por R$ 50 mil com o corpo de Flávio enterrado.

Na noite do dia 15 foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, que saiu de casa no dia 16 abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O veículo foi localizado em residência na Rua Juventus, com outro primo de Cleber.

Na manhã do dia 16, Timotio Pontes Roman, de 62 anos, foi encontrado morto em um poço dentro de residência na Rua Urano, no bairro Vila Planalto. A primeira das vítimas a ser descoberta foi José Leonel, que havia sido encontrado no último dia 7, enterrado em um quintal na Vila Nasser.

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