Defesa pede liberdade provisória de filho de Puccinelli, preso há 55 dias Evelin Cáceres

A defesa de André Puccinelli Júnior, professor universitário e filho do ex-governador André Puccinelli, solicitou liberdade provisória somente para o réu, preso há 55 dias pela Polícia Federal.

O pedido feito à Justiça Federal de Mato Grosso do Sul é do dia 6 de setembro, três dias após a 5ª Turma do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) ter negado por maioria o mérito do habeas corpus já impetrado.

A nova solicitação pede também a revogação da prisão preventiva, realizada por envolvimento em suposto esquema de desvio de recursos investigado pela Operação Papiros de Lama, quinta fase da Operação Lama Asfáltica.

Assina pelo pedido o advogado Paulo Loureiro Philbois, sócio do Puccinelli Júnior em um escritório de advocacia. Entretanto, ele afirmou que apenas é correspondente de Renê Siufi e César Bittencourt. Siufi não atendeu às ligações da reportagem para explicar no que se baseia o novo pedido.

Prisões

Alvos de desdobramento da Operação Lama Asfáltica, Puccinelli, o filho e o advogado João Paulo Calves estão presos no Centro de Triagem de Campo Grande, no complexo penitenciário do Jardim Noroeste, desde o dia 20 de julho.

O julgamento do recurso do dia 3 de setembro no Tribunal era esperado pela defesa que desistiu de recorrer no STF (Supremo Tribunal Federal) no último dia 10 de agosto. O pedido ajuizado logo depois da prisão figurou impasse jurídico sobre ministro relator.

Por fim, ficou definido que Alexandre de Moraes julgaria o caso, no entanto, os advogados preferiram desistir deste pedido e aguardar pela decisão do TRF3.

Os presos foram acusados pelo MPF (Ministério Público Federal) de lavagem de dinheiro e continuidade da prática de atos ílicitos, mesmo após a primeira prisão do trio, em novembro de 2017, na 5ª fase da Operação Lama Asfálitca, a Papiros de Lama.

Durante as investigações, agentes da PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, teriam encontrados provas de que o Instituto Ícones do Direito, empresa de Calves, mas que seria de Puccinelli Júnior, teria recebido recursos de propinas pagas pela JBS ao ex-governador.

Além da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que implicaram Puccinelli, Zeca do PT e Reinaldo Azambuja (PSDB) como supostos beneficiários de um esquema de propina, pessoas que seriam operadores do esquema junto ao governo de MS também fecharam acordos de delação premiada no âmbito da Lama Asfáltica.