De diarista a estelionatária, mulher adquire R$ 24 mil com quatro golpes

A facilidade para adquirir R$ 24,9 mil em dois meses, moveu a diarista Ivete Pádua dos Santos, 62 anos, a entrar no “mundo do crime”. Com documentos falsos em mãos, ela fingiu ser aposentada e solicitou empréstimos em quatro financeiras da Capital, adquirindo R$ 9 mil, R$ 6 mil, R$ 5 mil e R$ 4,9 mil, no período de dois meses.

Segundo Ivete, a proposta para “o negócio” veio de uma vizinha, moradora da Vila Margarida, que ela chama de Ana Maria.

“Ela afirma que esta pessoa lhe ofereceu um financiamento e com isso tirou a foto dela. No outro dia, ambas se encontraram e Ivete recebeu um RG, com a sua foto, porém com o nome de outra pessoa. Ela então pegou o documento e se dirigiu às lojas da avenida Calógeras, 15 de Novembro e 14 de Julho e pediu o dinheiro”, conta o delegado Miguel Said.

Como o primeiro empréstimo deu certo, Ivete disse à polícia que montou um “esquema” com a outra envolvida.

“Ela entregou outros documentos de vítimas, porém novamente com a foto da Ivete, que fazia os empréstimos e recebia R$ 150 a cada operação. Uma das vítimas, Dalvina de Paula Menezes, moradora de Paranaíba, foi a uma loja e descobriu o golpe”, conta o delegado Said.

Após o registro da ocorrência por parte de Dalvina, o dono do comércio pediu a investigação por parte da 1ª Delegacia de Polícia. “Acreditamos que ela esteja aplicando o golpe desde abril, principalmente por conta do dinheiro fácil. Ainda não dá para saber se Ivete agiu sozinha e se existe mesmo essa Ana Maria. Porém, com as investigações, já temos mais dois suspeitos”, garante o delegado.

 

 

Empréstimo totalizaram R$ 24,9 mil. Foto: Cleber GellioEmpréstimo totalizaram R$ 24,9 mil. Foto: Cleber Gellio

 

Delegado fala das investigações. Foto: Cleber Gellio.Delegado fala das investigações. Foto: Cleber Gellio.

 

Ivete, que não possuía antecedentes criminais, será indiciada por estelionato e falsidade ideológica. A pena para o primeiro crime é de 1 a 4 anos de reclusão. Já o segundo é de 1 a 5 anos.

Cuidados: Por conta desse golpe e outros que se tornaram recorrente em Campo Grande, o delegado pede que empresas de empréstimo consignado façam checagens, exigindo o maior número de documentos possível e inclusive checando o endereço do tomador do empréstimo.