CPI decidirá por acareação entre Dorsa, reitora e funcionárias do HU após depoimentos contraditórios

Os vereadores da Câmara de Campo Grande irão se reunir nesta terça-feira (18) para decidir se pedem uma acareação entre o Luiz Carlos Dorsa, ex-diretor geral do Hospital Universitário, a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Célia Maria de Oliveira e mais duas funcionárias do hospital após observarem que vários pontos dos depoimentos deles obtidos ontem (17) terem sido contraditórios.

Durante a oitiva das servidoras Silmar de Fátima Lima Ramos, presidente do Conselho Gestor do HU e da física e médica Regina Borges Prestes César, os vereadores ouviram que Dorsa era o responsável pelo esvaziamento do setor de radioterapia e manipulação para que os serviços de oncologia não funcionasse mais na universidade, por exemplo, remanejando seis, dos oito funcionários do setor.

Já Dorsa alegou que faltava funcionário e que era difícil efetivar novas contratações. Além do mais, o diretor ainda alegou que tudo o que era decidido pelo HU era de conhecimento da reitoria da UFMS, enquanto a reitora alega não saber de nada e que Dorsa tinha a autonomia sobre os recursos financeiros, convênios e contratos.

Quanto à vistoria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), os vereadores apontaram discrepância entre a avaliação de 22 itens dentre as novas exigências de adaptação do setor de oncologia do Hospital, contra apenas uma exigência do mesmo setor no ano passado.

Nesta tarde os vereadores também vão expedir um ofício para a Polícia Federal pedindo proteção às funcionárias depoentes, devido a alegação de que estão sendo perseguidas. Já Célia rebateu dizendo que sequer queixas na Ouvidoria da universidade foram registradas.

Outro ponto contraditório nos depoimentos que sustenta a intenção de chama-los todos juntos é o fato das auditorias internas não terem apontado nenhuma irregularidade e terem sido feitas por amostragem. Célia chegou a afirmar que a UFMS é muito grande e que é impossível fiscalizar tudo.