Copa das Confederações: Brasil vence o Uruguai e vai à final

O Globo
 

A Copa do Mundo começou mais cedo em Belo Horizonte. Diante de 57 mil torcedores em um Mineirão lotado, a seleção brasileira encarou um dos seus mais tradicionais adversários e não deixou o fantasma do Maracanazo tomar forma no estádio mineiro. Em um jogo muito disputado, o Brasil venceu por 2 a 1 o Uruguai e se classificou para a decisão da Copa das Confederações, domingo, no Maracanã, contra Espanha ou Itália, que se enfrentam nesta quinta-feira, no Castelão.

 

Fred abriu o placar no MineirãoFred abriu o placar no Mineirão Foto: Daniel Garcia / AFP

 

Paulinho foi o herói da classificação ao fazer o segundo gol brasileiro, de cabeça, aos 41 minutos do segundo tempo. Antes, já haviam brilhado Júlio César, ao defender um pênalti logo no início, quando o placar estava 0 a 0, e Fred, que abriu o placar pouco antes do intervalo. Cavani fez o gol de um Uruguai que jogo recuado, e assustou mais pelas falhas da defesa brasileira do que por seus méritos.

O enredo dos jogos anteriores se repetiu no Mineirão, com a torcida e os jogadores cantando o Hino Nacional a capela, após a interrupção da execução oficial. Antes de a bola rolar, um minuto de silêncio pelos dez anos da morte do camaronês Marc-Vivien Foé, ocorrida também em uma semifinal de Copa das Confederações. O clima de decisão, porém, esfriou após o apito do árbitro chileno Enrique Osses. As duas equipes erravam muitos passes, e a seleção brasileira, muito bem marcada, sequer chegava perto da área uruguaia.

 

Julio Cesar defendeu o pênalti cobrado por FórlanJulio Cesar defendeu o pênalti cobrado por Fórlan Foto: Nelson Almeida / AFP

 

Aos 12 minutos, David Luiz puxou infantilmente Diego Lugano na área brasileira, e o juiz marcou pênalti. Mas Júlio César evitou o gol defendendo a cobrança de Forlán, no canto esquerdo. Mas nem a defesa da penalidade animou o Brasil, que continuou sofrendo para armar uma boa jogada de ataque. Muito recuado, mesmo com três atacantes no time titular, o Uruguai acabou não resistindo à leve pressão brasileira. Aos 40, Muslera conseguiu espalmar o chute de Neymar, na pequena área, mas a bola sobrou quicando para Fred pegar de primeira e fazer 1 a 0, no canto esquerdo. Na comemoração, o atacante mineiro, que marcou seu 42º gol no 48º jogo que disputou no Mineirão, mandou o recado na comemoração: ‘Aqui na minha casa quem manda sou eu’.

Mas Fred esqueceu de combinar com a defesa. Logo aos dois minutos do segundo tempo, uma trapalhada coletiva permitiu o empate uruguaio. David Luiz foi dar um chutão e acertou um adversário, Luiz Gustavo fez um recuo perigoso na área e Thiago Silva, em vez de se livrar da bola, errou um passe lateral para Marcelo e acabou dando um presente para Cavani chutar no canto direito de Júlio César.

 

Neymar vibra com Marcelo após vitória do BrasilNeymar vibra com Marcelo após vitória do Brasil Foto: Vanderlei Almeida / AFP

 

O empate, no entanto, não animou o Uruguai, que continuou fechado na defesa. E o Brasil começou, então, a mandar na partida. Aos sete, Muslera tirou um cruzamento de soco e deu sorte ao ver o rebote de Oscar desviar na defesa e ir para fora. Logo depois, o goleiro espalmou para escanteio a falta cobrada de longe por Hulk, no último lance importante do camisa 19 na partida. Aos 18, Luís Felipe Scolari troco Hulk por Bernard, levando à loucura a parte atleticana da torcida no estádio.

Em um dos poucos ataques do Uruguai, Thiago Silva voltou a assustar a torcida, cabeceando para trás, rente ao travessão brasileiro. Mas quem mandava no jogo eram os donos da casa. Aos 21, Bernard cruzou para Fred bater de primeira, muito alto. Dois minutos depois, Neymar bateu fraco, em cima de Muslera. Conforme passava o tempo, a tensão aumentava. E o Uruguai assustou de novo, em chute de Cavani que desviou em Luiz Gustavo e saiu rente à trave direita. A explosão da arquibancada só saiu aos 41 minutos: Neymar cobrou escanteio da esquerda e Paulinho subiu na segunda trave para marcar de cabeça o gol da classificação.

Extra Online