Com recorde de registros em 24 horas, MS se aproxima de 500 mortes pelo coronavírus

Em 7 dias, agosto já contabiliza 73 mortes, mais que o total registrado em todo o mês de junho. Marca das 500 mortes deve ser atingida já neste sábado (8)

O boletim epidemiológico da Covid-19 em Mato Grosso do Sul desta sexta-feira (7) apresentou 23 óbitos registrados nas últimas 24 horas – o recorde de registros diários desde o início da pandemia. A maior parte dos registros contabilizados hoje pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) foi em Campo Grande, 12 óbitos.

Com cerca de quase uma morte por hora, já são 481 vítimas fatais em MS, o que imprime às estatísticas a taxa de letalidade em 1,6%. A média móvel de óbitos, um dos principais indicadores para avaliar o controle da Covid-19, subiu de 12,7 mortes diárias para 13,1. Se o indicador se mantiver, o marco nefasto das 500 vítimas deve ser alcançado já neste sábado (8), o fim da 32ª semana epidemiológica em 2020.

Campo Grande lidera a estatística de MS, totalizando 170 óbitos – cerca de 35% do total de MS – e taxa de letalidade de 1,4%. A Capital é seguida por Dourados, que tem 61 mortes (1,3% de taxa de letalidade). Na sequência, vem Corumbá, com 56 mortes (3,6%), Aquidauana, com 18 (2,9%) e Três lagoas, também com 18 (2,3%). A cidade com maior taxa de letalidade é Alcinópolis, que teve 2 óbitos, 33,3% dos registros de Covid-19 na localidade.

Dos novos registros de vítimas fatais nas últimas 24 horas, uma ainda vai incrementar as estatísticas de julho, devido a data em que o óbito ocorreu. Portanto, os números consolidados já somam 73 mortes em agosto, 318 em julho, 70 em junho, 11 em maio, 8 em abril e uma em março.

Pico nos próximos dias

Estudo matemático elaborado por professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aponta que o pico do coronavírus em Mato Grosso do Sul será no dia 10 de agosto no Estado, daqui a 3 dias. Porém, a previsão para a Capital é diferente e bem mais delicada –  a estimativa do estudo é de que o crescimento continue até o dia 23 de setembro, quando a Capital pode bater os 86.325 casos. Só depois disso veríamos uma diminuição no número de infectados pela Covid-19.

“Os próximos dias serão terríveis. Ainda não chegamos ao pico, nossa curva continua ascendente. Todos os nossos indicadores mostram que os próximos dias serão de crescimento exponencial”, pontuou o titular da SES, Geraldo Resende, durante a live desta sexta-feira.SAIBA MAIS:

Mato Grosso do Sul registrou 887 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, que resultam em uma média de aproximadamente 37 diagnósticos positivos a cada hora – praticamente a metade deles em Campo Grande. Com isso, o total de infectados em MS chega a 29.988.

Fonte:Guilherme Cavalcante  / midiamax