Cadeia de Sidrolândia é interditada e 16 presos são transferidos para Capital

Por determinação da justiça, a cadeia pública de Sidrolândia foi interditada e os 16 detentos foram levados para Campo Grande. A partir de agora, quem for preso em flagrante será encaminhado à Capital. A transferência foi determinada pelo poder Judiciário, depois de solicitação da Defensoria Pública, por causa das condições precárias das seis celas da delegacia.

Há dois meses a própria delegada Deborah Mazzola, pediu à Secretaria de Justiça e Segurança Pública a interdição da delegacia. Quatro celas estão fechadas desde outubro quando seis presos provocaram um quebra-quebra em uma tentativa de fuga. Este cenário acontece nove meses depois de ter sido inaugurada a reforma completa do prédio.

Segundo informações de policiais, os problemas das celas foram provocados pelos próprios presos que além do última última confusão, entupiram a rede de esgoto com o reboco raspado das paredes, em ação diária para tentar abrir um buraco por onde pudessem escapar. Com isto o mau-cheiro se tornou insuportável, dificultando a permanência dos internos e dos próprios policiais.

Além da falta de  condições de higiene, a cadeia não tem câmeras de vigilância ou alarmes, o que acaba facilitando o trabalho dos presos na hora de fugir. Em uma das últimas tentativas, três detentos fugiram.  

Rebelião

A última rebelião na cadeia foi no dia 7 de outubro. Foi liderada por Luciano Soares de Carvalho, 36 anos, Mário de Souza Machado, 25 anos, Robson de Oliveira Fernandes, 30 anos, Vilson Novaes da Silva, 20 anos, Pedro Martinez Filho, 19 anos e Rodrigo Pereira Dias, 21 anos, todos com extensa ficha criminal, sendo os dois primeiros autores de homicídio. Eles tentavam fugir pela porta da frente da delegacia, quando foram surpreendidos por policias militares que foram acionados pelo agente de plantão.