Boselli quer jogar e não se importa em dividir espaço com Gustagol

Mauro Boselli foi contratado para ser o homem-gol do Corinthians. Experiente, acostumado a ser capitão, ídolo e goleador, o argentino tem sido atropelado pelo bom momento de Gustagol, que não sabia nem se ia ficar no Timão para 2019, mas se transformou rapidamente na referência do time, já com sete gols marcados.

Depois de quase cinco temporadas no México, Boselli admitiu que precisou de um tempo maior para se adaptar ao estilo de jogo do futebol brasileiro e, diante da fase de seu concorrente, não vê problema em formar uma parceria ao invés de tentar vencer essa disputa por espaço.

“Ele está em um nível muito bom. Quando um atacante tem a chance, tem que aproveitar o máximo. É importante para a equipe que ele esteja bem. Hoje, graças a Deus, ele conseguiu me dar uma assistência. Mostra a boa relação que temos. É um garoto muito humilde, muito do bem. É um dos que melhor me dou dentro do grupo. O agradeci porque foi uma ótima assistência, que serviu para que a equipe ganhasse. Fico feliz pelo momento dele também”, comentou o camisa 17.

Contra Ponte Preta, Avenida e Botafogo-SP, Boselli e Gustagol estiveram juntos quando o Corinthians conseguiu marcar gols (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

“Para um jogador, é sempre importante fazer gols. Hoje está jogando o Gustavo, mas, podemos jogar juntos. Demonstramos em duas ou três partidas que quando estamos juntos em campo, é complicado para a defesa adversária, que tem que marcar dois atacantes, como quando joga o Love. O Corinthians pode ficar tranquilo, porque tem três atacantes de boa capacidade”.

Mauro Boselli marcou seu primeiro com a camisa do Corinthians depois de três partidas como titular e outras três entrando no decorrer dos jogos. O tento anotado já aos 37 minutos do segundo tempo, nesse domingo, garantiu a vitória em cima do Botafogo-SP e surgiu graças a assistência justamente de Gustagol.

Para encerrar qualquer polêmica, Boselli também explicou seu incômodo com a situação, excluindo qualquer problema de relacionamento, sem deixar de reconhecer que o fato de não jogar com tanta frequência não é algo muito bem digerido por ele.

“Se perguntar a qualquer jogador que não joga, obviamente ele não está contente. O problema seria estar contente estando fora. Mas uma coisa é estar triste e outra é não apoiar meus companheiros. Estou aqui para somar, sempre. O Corinthians não me paga para ser titular, me paga para estar entre os atacantes e poder jogar quando o técnico quiser. Não conheço quem fica feliz no banco. Em três, cinco, vinte minutos ou o que seja, preciso deixar tudo por essa camisa, que é muito grande”, encerrou.

Quarta-feira, Boselli estará com o Corinthians em seu país natal, mais especificamente em Avellaneda, para a decisão com o Racing, pela primeira fase da Copa Sul-Americana.