Bom sinal: motoristas respeitam limites, mesmo com radares ‘em caráter educativo’ e sem multas

Radares foram instalados em locais de grande fluxo de pedestre e de acidentes

Quem dirige pelas ruas de Campo Grande já deve ter notado que alguns radares já estão funcionando. Por enquanto, a fiscalização tem caráter educativo e os radares não devem multar os motoristas em alta velocidade, pelo menos até o dia 21 de dezembro.

Os radares foram instalados em locais de grande fluxo de pedestre e de acidentes, segundo a Prefeitura de Campo Grande. Os locais escolhidos para o início da campanha de fiscalização foram a avenida Ceará, próximo ao viaduto, no sentido norte-sul; na avenida Afonso Pena, logo após o viaduto no sentido centro-bairro; e na avenida Gury Marques, em frente à Universidade Anhanguera, tanto no sentido centro-bairro como no sentido bairro-centro.

Nos locais onde os radares já funcionam, foram colocadas faixas de aviso sobre a campanha de educação, que acontece até o dia 21 de dezembro. Apesar do aviso de que as multas ainda ‘não estão valendo’, a reportagem percebeu que os motoristas respeitam o radar e diminuem a velocidade. Segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), os condutores que ultrapassarem a velocidade permitida no período de campanha vão receber um informativo que tem apenas caráter educativo e não gera multa.

Passado o prazo, a partir do dia 21, os radares começam a ‘valer’ e quem desrespeitar a velocidade permitida será multado. Ainda de acordo com a Agetran, a ativação dos radares em Campo Grande e a campanha educativa acontece em etapas. Os radares nas avenidas citadas fazem parte da primeira fase. Antes da fase educativa, os equipamentos passaram por uma verificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Só depois de liberados é que os radares foram, enfim, ativados.

Segundo a Agetran, o prazo para que as multas comecem varia para cada aparelho, já que depende do período de ativação dos equipamentos. De acordo com a Agência, serão três tipos de equipamentos em Campo Grande: os radares, que fiscalizam a velocidade com limite de 50 km por hora; a lombada eletrônica, que também fiscaliza velocidade, só que com limite de 30 km por hora e o equipamento misto, que fiscaliza o avanço de sinal vermelho, a parada sobre faixa, velocidade, conversão e retorno proibidos.

O prazo para que as multas comecem varia para cada aparelho. (Foto: Marcos Ermínio)

Conforme o edital da licitação, vencido pelo Consórcio Cidade Morena, a Capital deverá receber radares em 97 faixas de rolamento, 30 faixas no formato lombada eletrônica e outras 109 faixas do tipo misto. O edital também exige a instalação de 20 câmeras de fiscalização, central de monitoramento e sistemas de análise e inteligência de imagens veiculares e outro de processamento das imagens e infrações.

No início da instalação dos equipamentos, em outubro, o titular da Agetran, Janine de Lima Bruno, destacou que a instalação dos radares seria progressiva, visto que cada região requer um estudo separado. “Não serão todos de uma vez. Iremos pelas regiões mais críticas e aos poucos vamos fazendo a instalação nas demais áreas”.