BASE GOVERNISTA: Câmara dá segundo aval para Michel Temer seguir sem ser investigado pelo STF

A Câmara dos Deputados livrou o presidente Michel Temer de ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela segunda vez. A denúncia, para seguir adiante, precisava obter 342 votos. O resultado final foi 251 votos pelo arquivamento da denúncia (sim) e 233 para prosseguimento (não).

O placar ainda teve duas abstenções e 25 deputados ausentes. Ao todo, foram 486 votantes.

Nesta segunda denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR), que ainda era comandada por Rodrigo Janot, ainda eram denunciados o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). A acusação foi de organização criminosa e Temer ainda estava relatado por obstrução de justiça. Os três negam os crimes.

A base governista mostrou força e só referendou o que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na semana passada, já tinha dado sinais, ao dar parecer favorável ao relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia.

Michel Temer, que precisou ser internado no começo da tarde para desobstruir a uretra, teve uma recuperação no Hospital do Exército tranquila com a vitória conquistada na Câmara.

O resultado oficial da votação está disponível no site da Câmara neste link.

A DENÚNCIA

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer e os ministros de organização criminosa e obstrução de Justiça com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. O Planalto nega todas as acusações.

O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F.

ACOMPANHE AO VIVO

RODOLFO CÉSAR, COM AGÊNCIA CÂMARA