Celular roubado da vítima foi encontrado com ex-enteado do suspeito
Luciano de Carvalho Delgado, 34 anos, o ‘Sequestro’, é apontado como suspeito de estuprar uma estudante de 21 anos que teve a casa invadida no dia 5 de novembro, e foi violentada sexualmente depois de ser obrigada a amarrar a mãe com um cadarço. ‘Sequestro’ foi preso no último dia 12 depois de cometer pelo menos cinco roubos a farmácias de Campo grande usando ‘kit roubo’.
Após divulgação da prisão na imprensa, o suspeito foi reconhecido pelas vítimas que procuraram a polícia. Inclusive, segundo elas, no dia do estupro Luciano estaria vestindo parte do uniforme que sempre usava para assaltar as farmácias. “As vítimas vieram na delegacia e o reconheceram com 100% de certeza”, explica a delegada Jeniffer Estevam de Araújo, responsável pelo caso.
De acordo com a delegada, o celular da mãe da estudante, roubado no dia em que ela foi violentada, foi encontrado na casa do ex-enteado de ‘Sequestro’, o que para a polícia evidencia ainda mais a autoria do crime. “A família disse que não sabia de nada e que o aparelho havia sido um presente do suspeito. Ainda assim vamos indiciar o enteado por rece
Em depoimento, o autor negou participação no crime e afirmou ser “apenas ladrão e não estuprador”, diferente do dia em que foi preso pelos roubos, quando afirmou que não era assaltante.
A princípio a polícia acredita que não existam outras vítimas, no entanto, investigadores pedem para que mulheres que possam ter sido alvos do suspeito entrem em contato com a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) pelo telefone (67) 4042-1324.ptação”
O estupro
A Polícia Civil investiga o estupro de uma estudante de 21 anos que teria sido abusada sexualmente na noite do dia 5 de novembro no Bairro Jardim Canguru, em Campo Grande. O crime aconteceu depois de a jovem ter a casa invadida por assaltante armado que rendeu a vítima, o filho dela, de 1 ano e três meses, e a mãe da estudante, que foi amarrada com um cadarço.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, por volta das 23 horas mãe e filha estavam conversando quando foram surpreendidas pelo suspeito que forçou a porta da sala e invadiu o local apontando um revólver para a família. O autor levou as vítimas para um dos quartos e mandou a jovem amarrar as mãos da mãe com um cadarço. Ele ainda ameaçou ‘estourar a cabeça’ da mulher que segundo ele, estava ‘falando alto demais’.
Depois de render as duas, sempre apontando apontando a arma para as mulheres, o assaltante passou a revirar a casa em busca de dinheiro. Ele pegou um relógio, R$ 20 e um celular que pertenciam às vítimas.
Em seguida, ele levou a jovem para outro quarto, mandou que ela deitasse na cama e a estuprou. Durante o abuso, a estudante era ameaçada de morte caso denunciasse o estupro.
Antes de ir embora, o homem fez com que a jovem o ajudasse a se vestir e disse para que ela ‘obedecesse a mãe porque estava muito rebelde’. A vítima conta que o abusador estava com cheiro forte de álcool.
Os roubos
A polícia prendeu em flagrante no último dia 12, suspeito de ter cometido pelo menos cinco roubos a farmácias em Campo Grande. Pela manhã ele havia roubado duas farmácias, sendo uma delas no Jardim Leblon e outra no São Conrado. Ele agia armado com um revólver e em um dos estabelecimentos comerciais ele chegou a apontar a arma para a barriga de uma gestante para levar o celular.
Conforme informações do delegado João Paulo Sartori, o suspeito identificado como Luciano de Carvalho Delgado, 34 anos, vulgo ‘Sequestro’, foi preso na rua do bairro onde mora, no Parque do Lageado.
Ele já era investigado após ser reconhecido, através de câmeras de segurança, em dois roubos em farmácias. Na primeira, localizada no Jardim Leblon, ele chegou armado com um revólver e levou a quantia de R$ 200 do caixa. Já na segunda, localizada no São Conrado, ele abordou uma cliente que estava grávida, apontou a arma para a barriga dela e levou o celular, além de R$ 350 do caixa.
Kit Assalto
Ainda conforme o delegado, ‘Sequestro’ usava uma espécie de “kit assalto”, na maioria dos crimes que praticava, usava botinas e calça como se fosse um uniforme de trabalhadores de construção civil. “Ele usava a botina e a calça para dar um ar de trabalhador da construção civil e não levantar suspeita”, disse o delegado.
Ainda conforme informações policiais, ‘Sequestro’ tinha um mandado de 19 anos de prisão em aberto por assalto e estava foragido desde 2017. Ele negou que tenha cometido os crimes e alegou que era trabalhador.