Atitudes de Bolsonaro refletem nas queimadas, diz Dagoberto

As decisões tomadas nos primeiros meses de governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), como amenizar as fiscalizações ambientais e neutralizar o Ibama, refletem no incêndio que atinge a Amazônia, segundo o deputado federal, Dagoberto Nogueira (PDT).

O incêndio pode afetar a relação brasileira com países da Europa. Bolsonaro criticou Emmanuel Macron, presidente da França, pelo Twitter, após o mesmo ter convocado reunião da cúpula do G7 para discutir as queimadas.

Segundo avaliação do deputado federal, os atos que Bolsonaro vem promovendo, como as declarações ácidas, refletem na atual situação. “Pelo desmanche no Ibama de tirar todas as fiscalizações, de diminuir a fiscalização por satélite. Isso estimulou todo mundo a fazer o que não podia, de desmatar, botar fogo, porque tem respaldo por parte do presidente”.

Dagoberto acha que o incêndio na floresta amazônica está tendo consequência não só para os brasileiros, mas também no exterior. “Isso compromete toda nossa exportação porque acaba tendo retaliação em relação a isso. Até os países ajudando o fundo com volume de R$ 3 bilhões, que estão pagando por essa preservação e agora a gente não respeita isso, logicamente terá consequência”.

Alemanha e Noruega realizam doações para o Fundo Amazônia, em um contrato firmado em junho de 2014 pelo Ibama, ligado ao Ministério do Meio Ambiente. O órgão precisa de verba para financiar operações de seu Centro Nacional de Prevfogo (Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).

Segundo o parlamentar, todos os gestos de Bolsonaro são contra o Brasil. “Esses atos de irresponsabilidade de uma pessoa que não tem compromisso com o país, ele está muito mais jogando para torcida e alguns fazendeiros que não conseguem enxergar que estamos dando um tiro no pé, pois com essas ações, isso vai diminuir e muito a nossa possibilidade de exportação e várias retaliações. Só estamos perdendo”.