Aral Moreira vira rota alternativa do tráfico internacional de drogas

Aral Moreira, município localizado na fronteira com o Paraguai, está sendo estabelecido como rota alternativa do tráfico internacional de drogas, em razão do aumento da fiscalização na região de Ponta Porã, entre outras variáveis que afetam o comportamento do crime organizado.

Nos últimos meses, a cidade foi palco de grandes apreensões de armas e entorpecentes. No domingo, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreendeu 2,5 toneladas de maconha, prendendo cinco traficantes, entre eles Valeriano Odair Arévalo Garcia, 35 anos, irmão do prefeito da cidade, Alexandrino Arévalo Garcia (PR), investigado por tráfico.

Na mesma região, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF) apreenderam 22,6 toneladas da droga, volume recorde do Estado, na semana passada.

Com pouco mais de 11 mil habitantes, Aral Moreira faz fronteira com a zona rural e pequenos vilarejos paraguaios, onde o policiamento é precário, o que dá maior liberdade às quadrilhas.

O diretor do DOF, coronel Kleber Haddad Lane, relata que traficantes pegam carona no escoamento da safra de grãos para despachar maconha, fuzis e pistolas.

“É o meio que encontram para criar ainda mais obstáculos para nosso trabalho de fiscalização”, explicou. Na maioria dos casos, os fazendeiros não sabem que suas cargas estão sendo usadas, já que os acordos são fechados com caminhoneiros. “É mais comum do que parece”.

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