Apreensão histórica: crime organizado escolheu motorista ficha limpa para despistar policiais

Ao todo, foram apreendidas 28 toneladas de maconha pela PRF e PF


O motorista de 38 anos preso transportando a carga histórica de 28 toneladas de maconha, apreendida na terça-feira (20) em ação conjunta entre a Polícia Federal e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Mato Grosso do Sul, foi escolhido estrategicamente pelo crime organizado por ser “ficha limpa”, ou seja, sem antecedentes criminais.

Conforme apurado, desta forma, ele chamaria menos atenção e poderia até mesmo despistar policiais. Isso porque verificação dos indivíduos faz parte do processo de abordagem policial. Os agentes de fiscalização fazem uma pesquisa com o nome do abordado nos sistemas de informação, para saber se há algum mandado de prisão em aberto ou se já tem passagens.

Se tiver passagem por tráfico, por exemplo, devido ao fato de estar em uma rota de fronteira, levantaria suspeita e poderia passar por uma abordagem mais minuciosa. O entendimento do crime organizado ao escolher o motorista foi o de que, como até então ele não tinha passagem, poderia passar despercebido e chegar ao destino com a droga.

Porém, ele acabou preso em flagrante na rodovia MS-95, entre os município de Iguatemi e Tacuru, a 416 quilômetros de Campo Grande. A droga é a maior apreensão de maconha já feita no Brasil em todos os tempos. Até então, o recorde era de 23 toneladas.

O carregamento seguia para a cidade de São Leopoldo no Rio Grande do Sul. Os policiais estavam em uma barreira, quando abordaram o motorista. Logo de cara a equipe sentiu o cheiro da droga, que estava escondida em meio a uma carga de milho.

Morador em Garibaldi, no interior gaúcho, o homem disse que levaria a maconha para São Leopoldo e a nota de transporte de milho tinha como destino Farroupilha. A carreta foi levada para a Polícia Federal de Ponta Porã, onde o condutor foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

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